Ele saiu de casa naquela tarde sem saber direito ao certo aonde queria ir. Planejava apenas escapar daquela casa, tão cheia de memórias e tão vazia, onde só poderia passar o tempo sozinho. Dar uma caminhada pelo centro da cidade, pela orla da praia... Ver o mar enquanto escutava suas músicas favoritas.
Ele então vestiu uma jeans e uma camisa preta, uma blusa e colocou um óculos escuro. Vestiu também luvas, pois apesar do sol, o vento ainda era frio. Por fim, calçou o tênis e partiu.
Depois de mais de meia hora, seus pés finalmente o guiaram até a areia e o mar. Deserta devido ao inverno, a praia parecia uma amiga que ele não via fazia anos, e que reservara aquela tarde apenas para recebê-lo.
Mas incapaz de se distrair com o cenário e com a música, ele permaneceu engasgado com suas dores. Desejado alguém para conversar, alguém para agredir, alguém para rir, alguém para fazer sangrar... Alguém para abraçar, talvez.
Foi então que ele viu uma garota, vestida com o mesmo preto de seu luto, descer para a areia e passar andando. Ela parecia apressada, com raiva talvez. E charmosa.
Solitário e hesitante, ele a fitou rabiscar algo na areia entre muitos outros rabiscos e logo cedeu a curiosidade. A única coisa em sua cabeça era a esperança, a luz, a ansiedade...
Mas em seu peito ainda jazia o medo e a dor.
Ele a fitou partir e se virar para olhá-lo.
Na primeira vez, ele pensou "Preciso voltar. Vou me arrepender se ela se virar de novo."
Na segunda vez, ele pensou "Eu preciso correr. Mas será que ela vai se virar de novo?"
Ne tercera vez, ele pensou "Porque eu fiquei parado?"
E por pensar que já era tarde demais, já era tarde demais.
Ele voltou para casa naquele fim de tarde sem saber ao certo o que devia sentir. Desejava apenas escapar daquela sensação, tão amarga e tão dolorosa, que só fazia aumentar sua solidão. Escrever uma poesia, uma crônica ou uma canção...
Repensar seus arrependimentos e dores mais queridas.
Lucas Rangel Lima
29 de jul. de 2013
25 de jul. de 2013
O Choro
Eu podia senti-lo em minha garganta
Subindo, enfraquecendo minha voz
Mas me mantive firme
Até meus dedos ficarem brancos
Meus olhos ficarem tontos
E meu sorriso ficar louco
Engoli-o seco e o tranquei
Selei-o em meu peito
Forcei-o a se calar
Derrotei-o temporariamente
E o deixei a me envenenar
"Você é forte"
Tive que escutar
"Te desejo boa sorte"
Tive de aceitar
Mordendo os lábios por dentro
E sorrindo ternamente
Abracei e consolei
Como sabia ser o certo a fazer
Tentei fazer o que pude
Por quem precisasse
A medida do possível
Mas provavelmente
Além das minhas capacidades
Até quando cantei
Quando pensei em libertá-lo
Deixá-lo expor meus sentimentos
Acabei notando aqueles que me cercavam
E como um mártir
Eu me despedi sorrindo
Tremendo
Desesperado
Fraco
Desequilibrado
Perdido
Sozinho
Gelado
Pálido
Órfão
Eu posso senti-lo em minha garganta
Subindo, enrouquecendo minha voz
Mas me mantenho louco
Até meus dedos começarem a tremer
Meus olhos não aguentarem mais
E seu sorriso
Me consolar...
Lucas Rangel Lima
Subindo, enfraquecendo minha voz
Mas me mantive firme
Até meus dedos ficarem brancos
Meus olhos ficarem tontos
E meu sorriso ficar louco
Engoli-o seco e o tranquei
Selei-o em meu peito
Forcei-o a se calar
Derrotei-o temporariamente
E o deixei a me envenenar
"Você é forte"
Tive que escutar
"Te desejo boa sorte"
Tive de aceitar
Mordendo os lábios por dentro
E sorrindo ternamente
Abracei e consolei
Como sabia ser o certo a fazer
Tentei fazer o que pude
Por quem precisasse
A medida do possível
Mas provavelmente
Além das minhas capacidades
Até quando cantei
Quando pensei em libertá-lo
Deixá-lo expor meus sentimentos
Acabei notando aqueles que me cercavam
E como um mártir
Eu me despedi sorrindo
Tremendo
Desesperado
Fraco
Desequilibrado
Perdido
Sozinho
Gelado
Pálido
Órfão
Eu posso senti-lo em minha garganta
Subindo, enrouquecendo minha voz
Mas me mantenho louco
Até meus dedos começarem a tremer
Meus olhos não aguentarem mais
E seu sorriso
Me consolar...
Lucas Rangel Lima
14 de jul. de 2013
Em Meus Sonhos
Sinto bater o coração
Lento, mastigando a solidão
No peito, no pulso e na garganta
Em dor, tristes notas ele canta
Respiro fundo, coço meus olhos
Canto uma canção, esqueço meus sonhos
Fito meu reflexo cansado, definhando,
E escrevo
Pois no final das contas,
Estou amando
Como sempre, no entanto
Só conheço amargura
E mesmo com minha alma em pranto
Abraço a dor, sem esperar cura
Deixo o choro morrer na garganta
Enquanto me afasto daquela que me encanta
Morro por dentro lentamente
Por ser incapaz de um dia fazê-la contente
Sinto parar o coração
Súbito, saboreando a solidão
Meu peito, meu pulso e minha garganta
Em dor, tristes notas tudo canta
Suspiro fundo, esfrego meus olhos
Canto uma canção,
Te vejo em meus sonhos...
Lucas Rangel Lima
Lento, mastigando a solidão
No peito, no pulso e na garganta
Em dor, tristes notas ele canta
Respiro fundo, coço meus olhos
Canto uma canção, esqueço meus sonhos
Fito meu reflexo cansado, definhando,
E escrevo
Pois no final das contas,
Estou amando
Como sempre, no entanto
Só conheço amargura
E mesmo com minha alma em pranto
Abraço a dor, sem esperar cura
Deixo o choro morrer na garganta
Enquanto me afasto daquela que me encanta
Morro por dentro lentamente
Por ser incapaz de um dia fazê-la contente
Sinto parar o coração
Súbito, saboreando a solidão
Meu peito, meu pulso e minha garganta
Em dor, tristes notas tudo canta
Suspiro fundo, esfrego meus olhos
Canto uma canção,
Te vejo em meus sonhos...
Lucas Rangel Lima
Pensamentos de um Solitário
Fui dormir essa noite
Me perguntando o que houve de errado
No que tanto erro
O que diabos me falta
Qual... O meu problema.
Seria meu egoísmo?
Minha incapacidade de te amar
Sem te desejar só para mim o tempo todo?
Mesmo estando disposto e lhe dar tudo
A sacrificar tudo por você
Eu não tenho esse direito?
Seria minha fraqueza?
A facilidade com que meu corpo treme
Ao te ver sorrir para mim por um momento?
Mesmo meu coração batendo tão forte
Com tanta certeza e paixão
Você precisa de ainda mais?
Tem dias em que eu já nem sei mais
Porque continuo pensando em você
Nem sei mais como descrever o que sinto
Só me odeio por ser tão egoísta
Por ser tão... Fraco...
Lucas Rangel Lima
Me perguntando o que houve de errado
No que tanto erro
O que diabos me falta
Qual... O meu problema.
Seria meu egoísmo?
Minha incapacidade de te amar
Sem te desejar só para mim o tempo todo?
Mesmo estando disposto e lhe dar tudo
A sacrificar tudo por você
Eu não tenho esse direito?
Seria minha fraqueza?
A facilidade com que meu corpo treme
Ao te ver sorrir para mim por um momento?
Mesmo meu coração batendo tão forte
Com tanta certeza e paixão
Você precisa de ainda mais?
Tem dias em que eu já nem sei mais
Porque continuo pensando em você
Nem sei mais como descrever o que sinto
Só me odeio por ser tão egoísta
Por ser tão... Fraco...
Lucas Rangel Lima
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