Eu busco alguém em cujas veias não pulse sangue. Alguém que sorria com a intensidade da mais louca alegria, e que a me ver corra infantilmente em meu alcance, e que pule em mim sem precisar conter-se em seus modos, e que possa sentir grande energia pulsar em seus atos. Alguém que me contagie em seu amar o mundo, e que se mostre além de seus próprios limites, e que exale o viver em todos os seus poros, e que seja si mesmo mais do que seja outro, que mostre sempre em seus olhos, algum admirar. Alguém que exploda em sua própria vontade, em seu próprio querer, e que se regozije no prazer de estar vivo, e que até plenamente respire o mais simples ar. Eu busco alguém em cujas veias não pulse sangue. Pulse vida.
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20 de fev. de 2012
Um Alguém
26 de jun. de 2011
A corrente
Quem nunca recebeu uma dessas?
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Ana recebeu uma dessas correntes um dia desses, dessas que te fazem perguntas e pedem pra você escolher nomes de pessoas que são importantes pra você, cores, números e outras baboseiras. Ela não acreditava nesse tipo de coisa, mesmo assim sentia um friozinho na barriga sempre que percebia que tinha aberto um e-mail desses. Afinal, nunca se sabe.
Ela anotou as respostas e os nomes pedidos em uma folha de rascunho. No final do e-mail assim como diziam as instruções ela resolveu checar o que cada palavra anotava significava de acordo com a corrente. Aparentemente ela ter escolhido a cor roxa mostrava como ela era sonhadora, e ela ter escolhido o número seis mostrava como ela se importava com a família. Por fim o nome da pessoa do mesmo sexo que o dela Rafaela, seria uma grande amiga pro resto da vida, enquanto o nome da pessoa do sexo oposto Lucas representaria o nome do grande amor da vida dela.
Mesmo sempre lendo e seguindo as instruções ela nunca mandava essas correntes. A curiosidade a obrigava a ler o e-mail por inteiro, mas ela não gostava de ser ameaçada com coisas como “se quebrar essa corrente a ponta do seu único lápis vai quebrar no meio do vestibular.” Então ela chegando ao final das grandes revelações sobre a vida dela descobriu que se ela quebrasse a corrente ela jamais ficaria com a pessoa que ela ama de verdade. De acordo com a corrente essa pessoa era o Lucas. Que engraçado, pela primeira vez uma mensagem em corrente estava quase certa. Ela nunca ficaria com a pessoa que amava, mas isso porque a pessoa que ela amava era a Rafaela, uma bela mulher casada com Lucas.
5 de jun. de 2011
The End of The Pain
Bom, primeiro texto aqui. Eu acho que eu tava muito bravo quando escrevi isso, um exemplo de como as pessoas não sabem lidar muito bem com seus sentimentos.
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Eu me lembro muito bem da raiva que eu sentia. Era tudo tão claro, tão forte, tão intenso, tão desesperador... Eu andava pelas ruas em uma noite sem estrelas, o céu totalmente escurecido sobre minha cabeça sendo apenas iluminado por uma lua pálida, que de tão minguante era quase extinta, brilhando vermelha. Não, não era a lua, mas sim minha visão que estava avermelhada. Avermelhada pela raiva, pelo ódio, tão intensos como o meu amor, minha paixão. Dizem que amor e ódio andam juntos, e naquela noite isso fazia todo o sentido pra mim. Meu ódio por ela era proporcional ao amor que eu sentia.
A noite cheirava mal. E não era o cheiro do lixo que incomodava, nem o cheiro das drogas. Meu sangue corria tão forte por minhas veias que uma delas estourou no meu nariz. Eu sentia cheiro de sangue. Eu ainda diria que a noite inteira cheirava a sangue, com toda a intensidade. Eu me sentia preso às minhas impressões, minha mente só tinha um foco, e eu não deixaria nada atrapalhar meu caminho. Nada. Nem mesmo a minha moral ou meus princípios, nem mesmo o saber das conseqüências, nada disso controlaria minha ira.
Eu me lembro de levar uma arma comigo. Pensei até que eu iria usá-la, afinal essa era a melhor forma de matar alguém. E ela merecia. Nunca alguém mereceu tanto ser punida como ela merecia. Aquela maldita... Como ela podia se atrever a machucar tanto o coração de alguém? Mas como eu disse, eu apenas pensei que a usaria. No final, não conseguira me concentrar o bastante para puxar o gatilho... Então eu acabei usando minhas próprias mãos e a enforquei. “Justiça com as próprias mãos”. Foi assim que ela aprendeu a lição. Agora ela não será capaz de machucar o coração de mais ninguém. Principalmente, ela não vai mais machucar o coração do homem que eu amo. Agora ele não vai mais sofrer por ela.
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