Olho para o copo vazio
Côncavo sobre a mesa retangular
Meu celular a vibrar com outra mensagem
Que não é sua
Me pergunto
Porque não sei
Se sequer ainda te espero
Te ver, ouvir sua voz
A me consolar,
Daquilo que já escolhi esquecer
Puxo outra garrafa,
Preenchendo o meu copo vazio
Mas minhas mãos trêmulas me falham
E derramo sobre a mesa
Sequer faz diferença
Se eu até hoje ainda te amar?
Algo tão no passado, tão inerte
Um eu tão diferente do que sou?
Minha vida tão mais cinza
E você, tão mais bela...
Tomo um gole, viro o copo
E o preencho de novo
Olhos cerrados e cansados
Garganta seca e doída...
Penso em cantar outra música
Para mais alguém que não é você
Procurando outro sentimento que seja tão belo
Mesmo que eu não o ame
Pois infelizmente
Me cansei desse amar ambíguo
Desse meu calar tão covarde
De ficar parado apenas pensando
Só quero que você
Nunca volte para mim
Pois temo que se o fizer
O abismo do qual acredito ter saído
Me receberá novamente
De braços abertos
Copos cheios
Canções belas
Com finais amargos...
Como as que insistem em me fazer
Lembrar todo dia de ti....
Lucas Rangel Lima
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