Comecei a escutar uma canção
Que de tão bela, me fez apaixonar.
Toda a dor que alguém sentira
Descrita de forma tão sincera
Tão intensamente humana
Que de tão bela, me fez apaixonar
Mas sem ter fim, infelizmente,
Eventualmente me assustou
A cada palavra, a cada acorde
Nenhuma sorte
Apenas a noite
Que de tão bela, me fez apaixonar
Esperei no fim então uma morte
E uma lágrima quis escorrer
Esperei no fim então redenção
E um sorriso irônico fez aparecer
Esperei no fim então o recomeço
Mas que triste
Sem romance, sem encerramento
A canção apenas secou
Como uma flor sem ar, sem água
Que de tão bela,
Me fez apaixonar
Lucas Rangel Lima
29 de ago. de 2013
28 de ago. de 2013
Crônicas de Lumus - Capítulo 1
"NUNCA ESQUEÇAM AS PALAVRAS DO INIMIGO!" Ecoou a voz do ancião, "ELE, QUE A QUASE UM MILÊNIO, FOI DERROTADO POR NOSSOS ANCESTRAIS E EXPULSO DE NOSSAS TERRAS! RECORDEM O TOM ZOMBETEIRO COM O QUAL ELE SUBESTIMOU NOSSA PERSEVERANÇA E SORRIEM, POIS HOJE NOVAMENTE NÓS O PROVAMOS ERRADO!"
"Iluminada seja Lumus! Iluminada seja Matreon!" Exclamaram os magos, acompanhados em seguida pelos cavaleiros e pelos nobres presentes, todos ajoelhados perante o ancião e ao enorme portão que se estendia até o teto atrás dele.
"E QUE NÓS NOS TORNEMOS ESSA LUZ, POIS COMO DISSE O INIMIGO, ONDE TUDO É LUZ NÃO HÁ ESPAÇO PARA SUA SOMBRA!" Voltou a exclamar o ancião, erguendo seu cetro prateado.
Conjurando um feitiço conhecido apenas por ele, o ancião então cria luz com sua magia e a permite se espalhar indefinidamente por toda a capital, refletida em cada parede e superfície esculpida no colossal e mais poderoso cristal mágico existente, o Castelo Dourado.
"HOJE NOS REUNIMOS AQUI PARA PASSAR ADIANTE A LÂMINA DA VITÓRIA, SÍMBOLO DE NOSSA CAPITAL E PROTETORA MATREON, AO INVICTO E MAIS FORMIDÁVEL CAVALEIRO DO NOSSO PAÍS! O NOVO HERDEIRO DO HERÓI VALERIUS E DO TÍTULO DE 'VALERIUS, O DÉCIMO QUINTO'! ÓRTUS!!"
"ÓRTUS!" Ecoaram os cavaleiros, acompanhados em seguidas pelos magos e por último, pelos nobres.
Ajoelhado ao lado daquele chamado Órtus, se encontrava o Segundo Derrotado, Saldbert. Superado apenas pelo novo Invícto e pelo Décimo Quarto, Saldbert sentia agora uma mistura estranha de emoções contraditórias em seu peito. Inveja, orgulho, felicidade, arrependimento, ansiedade e por último, uma estranha pontada de medo.
"Suas habilidades serão sem dúvida as mais perfeitas que a Lâmina Dourada vai ter o prazer de testemunhar em muitos séculos meu amigo..." Murmura ele, alto o suficiente para que apenas Órtus escutasse.
"Obrigado. Vamos esperar que você esteja certo, e que eu ter sido escolhido para empunhá-la não seja um erro..." Responde Órtus, esboçando um sorriso amargo em seu rosto.
"Como poderia ser?" Indaga Saldbart, indignado, "Você não foi escolhido, mas sim conquistou o direito de empunhá-la! Tenha mais confiança em si mesmo!"
"Eis que essa é a questão meu amigo... Em mim mesmo eu sei que posso confiar."
"LEVANTE-SE, INVICTO DÉCIMO QUINTO!" Exclamou o ancião, encerrando a voz dos dois cavaleiros e de todos os presentes.
Sem hesitação alguma, Órtus responde ao chamado se levantando e se aproxima do ancião.
"Como representante de todos os magos do reino, eu lhe entrego a espada que derrotou o inimigo, a ilustre Lâmina Dourada. Que você se torne a luz que afastará todo o mal de nossas terras e garantirá não só à Matreon, mas também às Cinco Cidades de Lumus, uma nova era de glória e prosperidade." Diz o ancião, estendendo a espada a Órtus.
"Eu aceito a Lâmina, ciente de sua história e da história daqueles que a aceitaram antes de mim. Juro com ela proteger o Castelo Dourado." Responde ele, cerrando seu punho firmemente no cabo da lâmina.
"Que com ela você possa proteger..."
"Eu me recuso."
Surpreso por ser interrompido, o ancião se vira contra Órtus perplexo.
"Como é?"
"Eu me recuso."
Surpreso por ser interrompido, o ancião se vira contra Órtus perplexo.
"Como é?"
"Eu me recuso."
E com apenas um golpe, Valerius o Décimo Quinto executa o ancião.
"Não pretendo me tornar a luz de ninguém." Diz ele, encarando todos os presentes.
No final daquele dia, Matreon já havia caído nas mãos do inimigo.
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