11 de nov. de 2012

Amargo


Depois de rir e brincar como um idiota
Subo a rua de noite às gargalhadas
Ferido e cansado, mas vivo
Mal me deito ao chegar em casa

Só digo não a proposta de uns amigos
E durmo no sofá,
Sozinho.
Nem preciso descrever o gosto
Que impregnava meus lábios nessa noite

Minhas piadas ainda ecoam em minha cabeça
Junto com a frustração que eu combatia ao fazê-las

Lembro de todas as vozes companheiras
E de suas tentativas de explicar as coisas
Para justificar tudo...

Como se não bastasse,
Lembro também das outras
Que esses companheiros mal conhecem
E não têm culpa por me lembrar

Amargo
E vermelho
Cansada
E sombria

Sim...
Meu sangue e minha alma...
Que não vão atrair ninguém.

Lucas Rangel Lima

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"Como ser capaz de se amar quando não se é amado?"

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