31 de mai. de 2013

O Castelo e a Masmorra

Em um velho castelo
Abandonado em uma colina
Havia uma escura masmorra
Silenciosa como o sono
E gelada como a morte

Nesse velho castelo
Esquecido e em ruínas
Havia apenas um homem
Trancado em sua cela
Esquecido em sua sina

Para sempre ali sentado

Mesmo após as paredes racharem
As fechaduras quebrarem
As portas envelhecerem
E as vigas enferrujarem
Ele continuou lá
Sem forças para cavar
Impossibilitado de fugir

Pois quando sua liberdade finalmente lhe fora devolvida
A dor e o sofrimento já o haviam destruído

O castelo e a masmorra
Já faziam parte dele

Lucas Rangel Lima

25 de mai. de 2013

As Estrelas e a Noite

Você sempre me dizia
Que era apaixonada pelas estrelas
Que sonhava toda noite em poder ver o céu
Poder vê-las brilhando

E você sempre me dizia que eu
Era a sua noite

Apesar de não entender suas palavras
E não me interessar nem um pouco em sua paixão
Estar ao seu lado era meu tudo
E para isso
Eu faria qualquer coisa

Desde esperar no escuro por seu retorno
Até praticar sozinho nossas brincadeiras
Pelo bem de poder sorrir ao te ver chegando
De me divertir com a sua companhia
Eu faria qualquer coisa

Mas um dia você partiu
E me deixou para trás, perdido em sua sombra
Me fez te perseguir, sem me explicar nada
Foi correndo atrás de seus sonhos

De suas estrelas...


Foi então que comecei a viver sem você
Mas mesmo assim, nunca mudei meu objetivo
Foi então que conheci tudo o que não era você
E que para mim não passava de lixo

Eu só queria tê-la ao meu lado novamente
E para isso
Eu faria qualquer coisa

E para isso
Eu fiz de tudo

Nem mesmo sabia responder o porque
De tanta insistência da minha parte
Você estava lá, quando não havia mais nada
Até que um dia, não estava mais

Simples assim, e desde então
Eu te perseguia

Pena que só agora pude entender
Só depois de ter te encontrado
Só depois de ter te protegido
Só depois de ter sido traído
É que eu finalmente entendi

As estrelas só te encantam tanto

Porque você tem muito medo da noite...

Lucas Rangel Lima

23 de mai. de 2013

It´s You

You once said to me
That you could feel a knife
Piercing through my back
Deep into me flesh

You once said to me
That behind my coat and my smile
There was a wound and a severe pain
Carved into my soul

You said that each time you hugged me
And touched my skin with your fingers
There was a blade waiting for you
Deep into my flash

You said that each time you looked at me
And shared words of love throgh my lips
You saw a sorrow within my eyes
Carved into my soul

A knife of pain
A blade of sorrow
You said that beside all my love for you
That´s all I had

And when I looked at your fingers
I could see their tips cutted
When I looked into your eyes
I could see the sorrow reflected from mine´s

You once said to me
That my love was killing me
That being together with you
Was killing me

You said that each time you smiled to me
And stood by my side as my reason to live
Death stood by my door
Waiting for me to welcome it

You said all that to me
Waiting for my answear

But now, all I can say,
Is "yes"
Because I already knew
Since the beginning

Since you hugged me for the first time
And looked at my eyes
Kissing me
Standing by me

I already knew
And had already choosen

You.

No matter what,
It´s you.

Lucas Rangel Lima

16 de mai. de 2013

A Living-Dead Nightmare - Con Carne I


A mulher sentada a sua frente parecia estar morta a semanas.
Tanto o cheiro quanto a aparência se assemelhavam ao que se esperaria de um cadáver em decomposição.
Mas isso não o impediu de se apresentar claramente à sua aproximação:
"Eu sou Delphos, e aqueles que procuram ajuda devem oferecer algo em troca."
Eles haviam sido avisados disso, e já sabiam como prosseguir.
"A oferenda vai ser feita após a consulta." Disse um deles, sem muita confiança.
"Desde que seja feita... Perguntem o que desejarem, e responderei o que eu puder..."
Parecia mais simples do que era. Eles já sabiam como funcionava, só poderiam fazer três perguntas soubesse ela respondê-las ou não; Eles tinham que perguntar com cuidado...
"O que você sabe sobre os comensais?"
"Sei que os primeiros apareceram aproximadamente cem anos atrás.
Sei que só se alimentam de humanos, e que vão preferir caçar um vivo a se alimentar de um cadáver.
Sei que eles podem se reproduzir entre si, e também com humanos.
Sei que se você for morto por um, se torna um deles.
Sei que se for arranhado vai sofrer como nunca sofreu antes, e depois vai morrer; Para só então se tornar um deles."
"O que nós devemos fazer?"
"Podem lutar, mas morrerão.
Podem se esconder, mas serão achados.
Podem fugir... 
Sim...
Podem fugir...
Assim talvez tenham alguma chance..."
A última pergunta era a complicada; e muito provavelmente um desperdício...
"Os humanos poderão, algum dia, tomar de volta este mundo?"
"De volta?" Riu-se o cadáver.
"A criança fala como se tivesse, algum dia, sido de vocês esse mundo.
Já a mais de um século vocês perderam essa guerra, e não pense que algo mudará...
O último refúgio de vocês cairá em breve, e então nenhum lugar nessa Terra será seguro para vocês!"
O pânico já havia se instalado nos rostos dos humanos.. Eles haviam enraivecido à Deusa, e sabiam qual era a punição para isso.
"Esqueçam as formalidades." Disse para o homem ajoelhado aos seus pés.
"Faça dos homens oferendas, e dê-os de alimento aos meus filhos... E faça das mulheres receptáculos para a próxima geração."
Quando ela terminou de falar, eles já estavam sendo arrastados, aos gritos, para fora da sala.

15 de mai. de 2013

Sete Noites - Capítulo 5

"Voltar a ser humano?" Repeti, surpreso.

Não, surpreso não. Confuso. A ideia me parecia tão... Absurda. Tão errada, tão anormal. Não posso negar que não havia pensado nisso, que não havia desejado isso. Mas naquele momento, eu não conseguia mais pensar em uma razão para querer voltar a ser um humano.

"Sim, voltar a ser um humano. As transformações que já ocorreram ao seu corpo não poderão ser revertidas, mas sua alma será salva. E o nenhum dos pontos fracos compartilhados pelos Monstros irá lhe afligir mais." Explicou Forca, ainda me fitando com aqueles olhos de prata.

"Você tem sete noites para decidir."

Uma hora depois dessa conversa, logo antes do amanhecer, eu me encontrava escondido dentro da mesma casa em que havia acordado no começo daquela noite. Ao contrário de Meu Pai, eu ainda não podia simplesmente invocar morcegos a partir da minha sombra e procurar uma casa qualquer para me esconder, então simplesmente voltei ao lugar onde sabia que estaria seguro durante o dia.

Uma vez dentro da casa, não me surpreendi em me encontrar com ele sentado confortavelmente em um dos sofás, me esperando.

"Então... Você conheceu aquele pivete." Disse ele, olhando para mim com seus olhos vermelho sangue. "Ele deve ter feito uma proposta a você, não? Te devolver sua humanidade? Toda aquela história de 'Salvar a alma', 'viver sob o sol'... Ele deve ter cuspido o mesmo discurso em você não?"

"O mesmo discurso?" Perguntei, sem entender.

"Sim. Bem, você não é o primeiro que eu transformei. E entre os que eu transformei, não é o único a ter encontrado com Forca antes de se transformar completamente. Ele é uma das razões de eu ter parado de criar servos e companheiros." Respondeu ele, se levantando do sofá. "Eu te deixei naquela casa esperando que o choque acelerasse a sua transformação sabe? Esperando que você se tornasse um de nós antes dele descobrir que eu sobrevivi. Aparentemente, eu falhei. Mas você realmente é um rapaz sortudo! Ainda não consegui acreditar que ele não simplesmente te matou bem ali. Ele deve ter achado que você ainda quer voltar a ser humano."

Eu estremeci.

"Mas é claro... Não existe a possibilidade de você querer voltar a ser humano... Existe?"

"E-eu... Não sei." Respondi, gaguejando.

"Ah... É assim então?" Respondeu ele. Não havia nem surpresa nem decepção em sua voz, apenas uma estranha... Aceitação. "Bem... No final das contas, você voltou para essa casa, voltou para mim. Voltou para o Seu Pai. E amanhã, você irá caçar pela primeira vez."

"Sozinho."

11 de mai. de 2013

Sete Noites - Capítulo 4

"Sete noites?" Perguntei, confuso.

Já deviam ser quase cinco horas da manhã. Eu me encontrava caminhando pela praia acompanhado por um homem misterioso que havia conhecido horas atrás, logo depois que Meu Pai me deixara sozinho.

"Sim. Você me disse que foi mordido no amanhecer de ontem certo? Isso significa que essa é a sua primeira noite, e que você ainda tem outras sete antes da transformação acabar por completo." Disse ele, começando a desenhar algo na areia.

"Por... Completo? Como assim? Afinal, o que está acontecendo? Quem diabos é você!?"

Exclamando a última pergunta, eu finalmente percebi que estava irritado. Além de confuso e enojado, mais do que isso, eu sentia raiva.

"Controle suas emoções." Ele disse, sem parar de desenhar. "Se deixar levar por elas só vai acelerar o processo."

Respirei fundo. Parte de mim queria voar no pescoço dele gritando "QUE PROCESSO? PORQUE VOCÊ NÃO ME RESPONDE DIREITO!?", enquanto o resto sabia que eu deveria tentar o máximo possível manter a calma.

"Por favor..." Consegui dizer.

Finalmente se virando para mim e esboçando um sorriso estúpido no rosto, o estranho começou a explicar tudo.

"Você foi mordido por um Monstro. 'Violência, o Vampiro'. Ele tomou parte do seu sangue e te deixou vivo, pois precisava de você para sobreviver. Você foi amaldiçoado. Gradualmente, tanto seu corpo quanto sua alma serão distorcidos de forma irreconhecível. Primeiro, você adquire parte dos pontos fracos deles, como a luz solar. Algumas habilidades menores também são transferidas depois de algumas horas, como a capacidade de enxergar no escuro. Amanhã, sua fome já não será mais de comida, e no dia seguinte, também não precisará mais de ar. Seu coração vai parar de bater, e a partir de então, as mudanças... Não podem mais ser explicadas. Um humano não é capaz de sequer entendê-las."

Cada palavra que ele dizia era mais absurda que a outra. Era irracional, não fazia sentindo algum. Monstros, vampiros e maldições não existiam. Mas uma parte cada vez mais profunda de mim sentia o contrário. Era como se minha natureza, meu senso de realidade, estivesse corrompido.

Porque tudo que ele dissera, pelo menos para mim, fazia completo sentido. E quanto as mudanças que humanos não seriam capazes de entender...

De alguma forma, eu já fazia alguma ideia do que seriam.

"Meu nome é 'Forca'. Sou um caçador de Monstros, e estou atrás de Violência faz alguma décadas." Disse ele, finalmente se apresentando. "Antes de mais nada, tenho que lhe fazer uma pergunta garoto..."

Ele então tirou o capuz, parou de desenhar o que parecia ser uma ave acorrentada na areia e pela primeira vez, abriu os olhos enquanto falava comigo, me fitando diretamente.

Seus olhos eram completamente cinzentos, como duas esferas de prata polida. Meu corpo inteiro estremeceu perante aquele olhar, de uma forma diferente da vez em que havia sido controlado por Meu Pai.

E com uma voz solene e impactante, ele me perguntou.

"Você quer voltar a ser um humano?"

6 de mai. de 2013

Nem Mesmo um Adeus

Não adiante me mostrar essa cara
A essa altura dos fatos
Nenhuma lágrima que você chore
Tem o poder de mudar nada
Eu também já não tenho outra escolha
Não posso abandoná-la
Como você me abandonou

Sim,
Eu ainda te amo
Não nego isso, nunca negarei
E provavelmente, nunca mudarei
Não quanto a você
Mas não faz mais diferença
O mundo não gira como queremos
Ou pelo menos
Não depois que o quebramos
Você
E eu

Sim,
Eu amo a ela
Não desejava a isso, nunca desejei
Mas felizmente, acabei mudando
Agora tudo a respeito dela
É muito importante para mim
Tanto quanto você era, e ainda é
E eu não seria capaz
De fazer o à ela o mesmo que você
Fez comigo
Nunca

Eu conheço a sua dor
Afinal,
Foi você quem me fez senti-la no passado
Não direi que a culpa é sua
Mas entenda...

Ela é inocente
Diferente de você
Talvez também,
Diferente de mim

E não importa quanto eu queria ficar
Quanto eu queira te abraçar,
Secar suas lágrimas,
Eu não tenho coragem

Não consigo mais te encarar
Não saberia como te perdoar
Sem passar a sentir ódio de mim mesmo
Sem começar a desejar a morte
Como fútil redenção

Então não adianta me mostrar essa cara
A essa altura dos fatos
Nenhum grito que você faça ecoar
Tem o poder de consertar nada
A minha escolha já foi feita
Aqui e agora, eu vou abandoná-la
Como você me abandonou

Sem nem mesmo um "Adeus"

Lucas Rangel Lima

Palavras

Não há palavras,
Veja,
Que expressem emoções tantas.
Pois que,
Nem eu mesmo sei quantas,
Ou mesmo me imagino sabendo.

Eis que me diz o que sente,
Eu tremo.
E nem sequer responder eu posso,
Eu temo.

Me passam coisas mil
Pela cabeça.
Sentimentos
E pensamentos tantos.
Que, por estranho que pareça.
Não compreendo o que eu mesmo sinto.

Não me sinto, agora
Capaz de interpretar a mim mesmo.Passou-se, então, um segundo.
Ou teria sido uma hora?

Rio-me de mim,
E falo
O que penso.

O que sinto.

O que quero dizer.

Oque queres ouvir.

O que queres ouvir?

Era isso?
Era isso.

Te alegras.
Sorris.
Me beija.
E repete.

Seguimos ficando
Como estávamos,
Mas diferentes.

Com mais de ti em mim.
Com mais de mim em ti.

5 de mai. de 2013

Agora eu era o vilão


É simples, e na verdade sempre foi. Entendi os "por quês", fiz de que não era comigo e entreguei o restante pro cara lá de cima. Terminei as frases com "por favor", e comecei algumas com "licença". Disse "bom dia" pro porteiro e "boa noite" pro guardinha. Troquei o adoçante por açúcar e preferi o pudim ao invés do melão fatiado. Assisti a um filme hollywoodiano e torci pra donzela ter morrido. Andei com os cachorros sem coleira e desliguei o despertador.


Que todo prazer
seja prazeroso.
Que todas as ideias
sejam geniais.
Que todo amor
seja intenso
Que toda verdade
seja sincera
Que todo ódio
seja passageiro
E que toda vida
seja adoçada por açúcar.

Sete Noites - Capítulo 3

"Que reação mais humana." Disse uma voz vinda da janela.

Eu me encontrava de quatro no chão, com os olhos vidrados, em cima de uma poça de sangue e vômito dentro do quarto de uma garotinha de aproximadamente seis anos que morava com a irmã de dez e os dois pais.

"Bem... Julgando pelas aparências, você deve ser um recém-transformado. Mordido a quanto tempo? Menos de um dia? É, acho que sim..." Continuou a voz.

Minha visão, capaz de enxergar perfeitamente bem no escuro, estava embaçada. Eu me sentia enjoado, confuso e novamente, apavorado. Minhas memórias daquela noite passavam repetidas vezes pela minha cabeça.

"E portanto, é muito improvável que tenha sido você a causar essa bagunça. Eu pelo menos nunca ouvi falar de um recém transformado capaz de fazer o que foi feito a essa família. Vocês ainda são humanos demais. É necessário alguns anos de vida como Monstro para chegar a esse ponto..."

Anoiteceu. Eu e... 'Meu Pai' saímos da casa onde nos escondemos do sol. Depois... Morcegos saíram da sombra dele e... Voaram em todas as direções... Procurando uma casa em que pudéssemos entrar. Com sorte, uma casa que...

"Tortura, estupro, esquartejamento, estupro e então, 'almoço'. Acertei a ordem? Do que foi feito com elas? Cada uma delas? As filhas e a mãe? Quanto ao pai... Assassinado, aparentemente. É a cara dele... Então, o bastardo maldito sobreviveu foi? Depois de todo o sacrifício que eu tive para finalmente emboscá-lo sem correr grandes riscos? Não dá pra acreditar.... E foi ele quem te transformou também?"

Ele... O monstro que é agora 'Meu Pai'. Ele precisava recuperar as energias, se alimentar. 'Quanto mais jovem melhor' ele disse. 'Eu prefiro mulheres' ele disse. 'TIVEMOS SORTE' ele disse.

Enquanto matava, a mãe. Enquanto matava a mais velha. Enquanto matava a menor. Enquanto... As destruía...

Volto a vomitar instantaneamente.

"Garoto, olhe para mim."

Me sentindo culpado demais para desobedecer, eu me virei para a janela.

Pendurado por uma corrente no telhado da casa, virado para mim com os olhos cerrados e as pálpebras tatuadas com suásticas, vestindo um sobretudo azul escuro e carregando uma estaca de madeira em sua mão. Ele calçava botas pretas e pesadas, pingando lama no chão. Um homem alto, com aproximadamente um metro e noventa. Sua voz era grave e casual, e estranhamente, me inspirava confiança.

"Você não devia tê-lo salvado." Disse ele, entrando pela janela.

3 de mai. de 2013

Sem

Ei, meu bem.
O que tu tens?
Se ainda os têm
Caso for noventa e nove
tem mais um aqui
que lhe convém.

1 de mai. de 2013

Um Terço de Meus Sentimentos Puros


Mesmo te amando incontrolavelmente,
Não sou capaz de demonstrar um terço do que sinto.
Esses sentimentos puros dentro de mim circulam,
E mesmo assim não posso dizer
"Eu te amo".

Noites insones passam,
E meu coração, palpitante,
Me dá febris suspiros.

Sorria para mim,
Eis que o dia brilha quase tanto
Quanto seu sorriso.
Com ele eu poderia aguentar até a mais enregelante das noites.

Mas mesmo te amando incontrolavelmente,
Não sou capaz de demonstrar um terço do que sinto.

Seus sorrisos brilham tanto,
Que me queimam a pele, suavemente
Assim como uma chuva de verão.
Dê-me um sorriso e dias brilhantes
Não se apresse.
Eu superarei qualquer coisa.
Não importa o quanto seja difícil,
Eu superarei.

Quanto eu tenho que te amar
Para que esses sentimentos te alcancem?
Eu não posso dize-los enquanto me olha 
Dessa forma.
As palavras continuam dançando no ar.

Quanto mais distante de você fico,
Melhor vejo o quanto você me é preciosa.
Quanto mais te procuro, mais claramente eu sinto
A distancia entre nós,

Me dê um sorriso e dias brilhantes.
Dê-me um sorriso e dias agradáveis.
Se eu pelo menos pudesse te abraçar
Com estes meus braços...

Quanto eu tenho que te amar
Para que esses sentimentos te alcancem?
Mesmo que em meus sonhos
Eu consiga transmiti-los.

Mesmo te amando incontrolavelmente,
Não sou capaz de demonstrar um terço do que sinto.
Esses sentimentos puros dentro de mim circulam,
E mesmo assim não posso dizer
"Eu te amo".