Uma vez dentro da cidade, os guardas o levaram direto para o castelo, onde ele foi informado que o rei iria lhe ver apenas no dia seguinte, pois no momento ele estava ausente. Exausto da viajem cansativa e privado de boas noites de sono, o jovem passou a noite dormindo no castelo, guardando seguramente as presas em seu punho fechado.
Ao cair no sono, o jovem guerreiro se vê de volta a floresta onde dias atrás havia enfrentado a fera. Confuso e perdido, ele se vira e se depara com uma sombra de aparência humana que se aproxima dele lentamente. A cada passo que a sombra dava, a floresta atrás dela se desfazia e o céu acima dela rachava. O jovem tentou se mover, mas seu corpo estava paralisado e ele só pode observar enquanto a sombra se aproximava dele e lhe estendia a mão fechada, como se lhe entregasse algo.
Quando esta estava a apenas alguns passos de distância, o jovem escutou algo se movendo atrás dele. Involuntariamente ele se virou e se deparou com um cenário completamente diferente e uma segunda sombra, desta vez ele a reconheceu como sendo o rei. O cenário era muito semelhante aos arredores do castelo, mas o rei não se movia em sua direção. Ele apenas esperava.
Sabendo o que deveria fazer, o jovem pegou as presas da primeira sombra e foi até a sombra do rei entregá-las. Mas ao se curvar a ela estendendo sua oferenda, ele foi surpreendido por um punhal em seu peito e uma risada maquiavélica.
O jovem acordou surpreso na manhã do dia seguinte e fitou as presas na sua mão. Aquilo havia sido claramente uma mensagem para ele, um aviso. Mas apesar disso, o jovem guerreiro prepotente foi a procura do rei.
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"Não é bom viver sonhando, mas quando não podemos viver nossos sonhos, tudo o que queremos fazer é sonhar."
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