29 de jan. de 2011

Ultima Poesia do Mês

Yo! Então, acho que essa vai ser a última poesia, talvez o último post tb, que eu vou fazer esse mês. Foi um mês produtivo, espero continuar assim! Seus comentários auxiliam, não hesitem em fazê-los.

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Título: Minha Lua

Queria poder ser como a lua
E ocupar o melhor lugar neste céu
Iluminando a todas as nossas paixões
Enquanto dança encantada no infinito negro

É, pois me sinto sozinho aqui onde estou
Onde só o que me ilumina são estrelas
E nem todas juntas me fazem amar
Tanto quando você
E a luz do seu luar

E quando chove, penso estar morrendo
Sem lua, sem estrela, chorando como o céu
Choram as nuvens esta minha tristeza
Eu como um tolo, a olhar o seu véu

"A noite é bela" dizem os leigos
Namorando estrelas que não sabem brilhar
"Porque a lua está nela" respondo eu tolo
Sabendo que esta para o meu céu não irá voltar

Mas mesmo triste, não anseio outra coisa
Pois o seu brilho é o que importa
E mesmo solitário, ainda ouso dizer
"Pode brilhar, mesmo que em outra porta"

Certifique-se de ser feliz.
Como seria no céu da minha noite

Queria poder ser sua Lua
E ocupar o melhor lugar no seu coração
Iluminando a todas as suas tristezas
Enquanto dançamos juntos pela eternidade dourada

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"Só vou saber que deixei de te amar quando nem mesmo o seu sorriso for capaz de aplacar minha tristeza. Até lá, me recuso a admitir derrota."

27 de jan. de 2011

O Rei e o Lobo - Capítulo 9: O Lobo

Sem poupar nenhum soldado que se colocasse em seu caminho, o jovem agora se deixava levar pela fúria. Ele podia sentir o poder do Rei se aproximando a cada passo que ele dava, como se estivesse a guiá-lo até sua perdição.

Mas o jovem não pretendia perder. Mesmo que o Rei teve muito mais tempo para se acostumar aos seus poderes do que ele, mesmo sabendo que as presas não estavam do seu lado, mesmo seu pai fora derrotado e morto, ele mantinha sua convicção.

Por dias ele viajou, parando apenas para comer e descansar. Seus sonhos foram assombrados por imagens de seu pai e de seu inimigo, como se estivessem a alimentar sua tristeza e seu rancor. Tudo o que ele conseguia pensar era em fazer aquele que matou seu pai sofrer.

No final do oitavo dia, ele finalmente alcançou os muros da cidade onde o Rei se encontrava. Mesmo de longe era possível ver o enorme castelo se estender para os céus, assim como era possível sentir uma ansiedade maligna vinda da maior de suas torres.

Nada mais se colocaria em seu caminho. Como se temessem a fúria do jovem, o muro, as casas e as pessoas simplesmente se desfizeram em chamas para que ele passasse. Não havia piedade em seus atos, toda sua humanidade já havia sido consumida pela vontade da presa. Cada centímetro que ele percorria até o castelo aumentava o ódio em sua alma, transformando-o lenta e irreversivelmente na única criatura que seria capaz de enfrentar e vencer o Rei. Na única criatura que seria capaz de controlar perfeitamente os poderes que ele possuía. Na única criatura fria o suficiente para puni-lo com a crueldade que ele merecia.

A fera apenas contada nas lendas.

O Lobo.

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"As vezes ficamos tão absortos em nossas emoções que acabamos nos tornando os monstros que deveríamos enfrentar".

26 de jan. de 2011

Tão quanto o fim é uma certeza.

Porque de repente tudo era mais fácil de se entender, e porque? Demorei tanto pra achar uma resposta... Agora que pergunta questionaria essa resposta? É tão incomum como comum uma sensação desse tipo? Seria assim? Responder o que eu nem sequer sei o que perguntar. Vazio, tão quanto o que fingistes sentir por mim.

- JURO PRA TI - Gritei e não saiu um fio de som.

Ficou por isso, um grito mal gritado, uma briga mal brigada. Pela lei da minha consciência, ganharia aquele que virasse as costas primeiro. Claro, mas isso é óbvio, tão quanto o fim é uma certeza. Perdi.
Pra quem vê de fora, diz que em circunstância alguma, uma briga tem vencedores. Diz isso aquele que não está brigando, diz isso aquele que está do lado da razão. Agora que razão? Qual a razão?
De repente, de novo, me vi perdido na minha própria cabeça.
Eu vivia me perguntando como eu iria ser quando crescer, eu sonhava tanto, mas tanto que de vez em quando já me via no futuro. Juro que agora, prefiro voltar ao passado pra viver o meu futuro que nunca aconteceu. Afinal, todos sonham, quando velhos, voltar a ser criança.
Dessa equação já dá pra se entender que "Gente Grande" não pode mais sonhar, ou pra que sonhar? Se já nem tenho o tempo que necessito pra dormir.
Bastaria apenas dormir pra sonhar, pra fugir.

E lá me fui, tentar dormir. Dessa vez pelo o que me lembro, era uma noite fresca, sem ventiladores, sem cobertas. Me deitei, olhando pro teto. De repente ouço um barulho de chaves e portas, desconfiei, lógico, ela já voltara? Virei e me sentei. Sabia que ela iria abrir a porta do nosso quarto, se é que eu poderia ainda chamar de "nosso". Eu pensava o que ela iria dizer, o que eu poderia responder. Esse pensamento durou uns 12 segundos até que ela adentrasse pela porta que já estava aberta. Olhei pra ela, ainda sentado. Ela olhou pra mim, ainda de pé, olhou pra mim tão forte que só esse olhar me fez baixar a cabeça, não conseguia olhar pra ela, tentar fingir que está tudo bem. Ela andava pelo quarto, sem dizer nada, só se ouvia sua respiração, o barulho da pulseira que eu tinha lhe comprado e o pisar do salto de madeira na madeira. Virou-se pra mim e falou como se nenhuma emoção tivesse ocorrido com ela naquele dia e disse:

- A casa é sua, eu não teria direito algum de te mandar pra fora. Vim buscar um pouco da minha roupa. Se um dia agente se encontrar de novo, finja que não me conheça. - A voz começou a falhar no fim.

Levantei a cabeça, tentei olhar pra ela, no entanto o celular tocou, fui atender e no identificador estava o nome dela. Não entendi, ela estava na minha frente, como?
Me remexi e acordei.Era um sonho, graças a Deus. Olhei pro celular que ainda tocava e acabei por atender.

Amor, você falava a verdade, me desculpa... - Me dizia aos prantos.

Por um momento pensei tanta coisa que só dividindo entre o cérebro e o coração pra suportar tal coisa. Não respondi, apenas desliguei e voltei a dormir.


Pra mim foi novamente um sonho, ou será que foi realmente verdade?
Deixe que o amanhã responda.
Deixe que o tempo mostre a verdade.
Aliás, as frutas já estão doces.

23 de jan. de 2011

More Than a Soldier, Less Than a Man - Chapter 0: Prologue

I´ve never been so scared in my intere life. Shots, explosions, blood, dead bodies... I could never imagine such a despicable scene before. Now I don´t know if I will ever be able to forget it...

All my companions are already dead. Right now I am hiding behind a broken wall, waiting for death to come for me. The weapon that I´m holding was from a dead soldier whose body lies a few meters away from where I am now, and it seems to be empty of bullets. Unfortunally, my body is paralized from fear and I can´t move a single finger. Trying to look for another weapon or some bullets is just impossible.

Actually, If I could move, I would ran away. With all my might. Never to look back.

But I can´t. I´m a freaking coward. All my comrades died fighting these bastards, and I couldn´t save anyone... I just watched they all being shot while hiding... Just as a good coward would do.

I just want to go home... I don´t want to kill anybody... I don´t want to shoot anybody.. I don´t want to battle anymore... I don´t want to die here...

So I waited. And waited. And waited more. As each second passed by, the darkness of the night engulfed all the lights and sufocated all the sounds that surrounded me. When I came to myself, It was morning and the battle had already ended.

The enemy had won. I could hear them coming into my direction with those heavy boots. They would soon notice that I was the last one alive.

My heart starded beating like crazy. The sound of my heartbeats was so loud that I thought they could hear it. But I wasn´t afraid anymore.

Instead, I looked around for some weapon and found someone´s arm, covered in dryed blood, holding a grenade. With no time to think and nothing to lose, I took the grenade, pulled the pin and threw it.

Honestly, I wasn´t expecting anything to happen. I didn´t even think that it would hit them. But it did. Perfectly. I could hear they screaming, I could hear they cursing their destiny in another language, and I could hear them dying

And after doing so, I cryed. Out loud, with everything I´ve got. For my dead companions, for my distant family, for those dead soldiers and for myself. I cryed with all my might, thinking that the enemys would soon appear and kill me too.

But they didn´t. So I just stayed there, crying trough the whole morning.

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"After a battle, the soldier who lost an arm will cry, sleep and return to his home. But the soldier who took an arm won´t cry, won´t sleep and will never be the same again. The same for lifes."

22 de jan. de 2011

O Rei e o Lobo - Capítulo 8: Rancor

Depois de passar mais uma semana na floresta embriagado com seus novos poderes e nova perspectiva, o jovem finalmente se lembrou de quem era, de onde morava e de sua família, decidindo então voltar para casa.

A viagem de volta demorou apenas uma tarde.

O longo caminho que ele percorrera por longos dias cheio de perigos e trilhas confusas parecia agora um sonho distante. Sem derramar uma gota de suor, ele trilhou seu caminho de volta por entre a floresta como se andasse por sua própria casa. Seus sentidos estavam mais aguçados do que nunca, seu sangue borbulhava de agitação em suas veias. Ele se sentia como uma fera a solta.

Mas logo que ele saiu da floresta, essas sensações de liberdade foi substituída por receio. O poder que ele havia obtido lhe permitia escutar sons e discernir odores vindos dos lugares mais distantes, o que significava que ele era agora capaz de sentir a presença de cada pessoa em sua vila a distância. E para sua surpresa, seu pai se fora.

Correndo mais rápido do que o vento poderia jamais soprar, o jovem voltou para sua casa e encontrou sua mãe sozinha. Aparentemente, seu pai havia visto ele ser dominado pelo espírito durante um sonho, e partiu para enfrentar o rei em busca de um meio para salvá-lo.

O sonho era claramente uma armadilha ardilosa, provavelmente criada pelo Rei. Ou talvez, o rei nem mesmo soubesse disso, talvez as próprias presas tenham orquestrado os acontecimentos de modo a provocar a fúria do jovem e proporcionar uma chance para que elas se unissem novamente. De qualquer forma, a armadilha logo se provou eficiente.

Com sua audição aguçada, o jovem escutou os passos rápidos do cavalo quilômetros antes de este chegar á vila. Um mensageiro do rei o cavalgava, trazendo um proclame do próprio.

"O traidor que vocês abrigavam veio a mim e morreu. Tragam o filho dele até mim ou a vila será destruída."

Ao ouvir a notícia sobre seu pai, seu guia, seu herói, o garoto perdeu a razão. Seu ódio então se dirigiu ao pobre mensageiro, alimentado pelo poder da presa. Depois de descontar sua frustração, ele tomou do cadáver do mensageiro a folha em que estava escrito o proclame do rei para ler por si mesmo as palavras ali escritas.

A folha queimou em suas mãos quando lágrimas escorreram pelos seus olhos. Foi neste momento que, envenenado pelo ódio e pelo rancor, o jovem fez um juramento a si mesmo. Nunca perdoar o rei.

"E no fim, tomaremos a presa dele"

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"É nos momentos em que a escuridão nos envolve e a tristeza nos cega que nós mais precisamos de ser fortes e ter paz no coração, pois é nessa paz que vive a verdadeira satisfação"

20 de jan. de 2011

A Vida Que Eu Sonhava Ter - Capítulo 5: Lar

Agradeço a Deus por ter escolhido ficar aqui.

Esta semana foi simplesmente maravilhosa. Finalmente terminei o livro que havia pego emprestado na biblioteca e pude ir visitar a senhorita bibliotecária novamente. A conversa foi curta, mas eu mal posso esperar para repeti-la.

Depois disso, quando eu passei no mercado para comprar comida e algumas sementes, me encontrei com a senhorita Elen. Ela estava fazendo comprar para sua avó. Conversamos um pouco sobre a minha adaptação a cidade e o trabalho dela como enfermeira. Ela parece admirar muito aquele medicozinho grosseiro...

Enfim, resolvi acompanhá-la até a casa da avó. A distância era curta, mas eu apreciei a companhia. As garotas daqui são muito mais simpáticas do que as da faculdade... Sem dúvida fiz a escolha certa ao me mudar.

De qualquer modo, voltei para a casa e continuei a tocar minha vida. Hora ou outra, algum visitante vinha para me cumprimentar. As vezes era o prefeito, as vezes era o padre, as vezes o senhor que trabalha na fazenda ao lado da Fazenda Poultry (ainda não decorei o nome dele nem da fazenda dele), mas em geral minha casa é bem movimentada.

Engraçado como já me acostumei a chamar este local de minha casa... Bem, sem dúvida esta cidade e seus moradores já se tornaram mais queridos para mim do que qualquer outra coisa, mas nem mesmo quando eu morava com meus pais eu me referia a casa onde eu morava como "minha"...

Falando nisso, não falo com meus pais a algum tempo... Vou mandar uma carta para eles amanhã de manhã. Era para eu ter feito isso ontem, mas uma visita inesperada acabou me distraindo.

Ah, claro! Como pude ter me esquecido? O trabalho hoje foi tão exaustivo que acabei me distraindo e não falei sobre minha visita de ontem.

Patrícia, a filha da jovem senhora dona da Fazenda Poultry, apareceu repentinamente para me cumprimentar e pediu permissão para ver a fazenda. Ela sem dúvida era parecida com a mãe. Eu diria até uma versão menor da mesma. Até mesmo sua atitude conseguia ter uma versão mais juvenil da vigorosidade da mãe. Sem falar na sua beleza inocente que conseguia superar até mesmo a senhorita Elen.

Enquanto eu mostrava a ela a fazenda, pude perceber que ela parecia feliz ao vê-la viva novamente. Se comparássemos o estado em que ela estava quando eu cheguei ao estado em que ela está agora, não seria possível dizer que é a mesma fazenda. Pensar nisso me fez lembrar de como ela era na minha infância...

Se bem que as minhas memórias não são das mais confiáveis... Bem, depois de conversarmos um pouco, ela se despediu e foi embora. Aparentemente, ela queria mesmo era ver a galinha que a mãe dela havia me dado. Era uma de suas favoritas.

Nunca pensei na minha vida toda que seria capaz de conhecer garotas tão interessantes quanto as daqui. E também tem aquela mulher que me ajudou no primeiro dia... Melhor eu trabalhar bastante para ser merecedor de tanta sorte!

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"Numa vida feita de encruzilhadas, as chances que o destino nos reserva só existem e podem ser aproveitadas graças as escolhas que tomamos"

15 de jan. de 2011

Relato de um homem de bom coração.

Se você me deixar ir contigo, eu irei. Se você for sem mim, o que me resta é lhe esperar.
Tu veio, tu foi, tu veio de novo e se foi novamente. Acabou por me deixar e ainda aqui em mim fica aquela vaga lembrança de um promessa mal-comprida de que você voltará. Ainda tenho na boca, aquele gosto amargo, aquele gosto amargo de fruta que não se amadureceu. Quando agente acha que está pronto para tudo, para experimentar tudo, pra provar ao mundo que tudo está bem... Olhamos pro lado no dia seguinte, acordamos e sentimos um peso a mais nos ombros e sentimos o gosto amargo na boca.

- ESPERA, não desligue... Eu ainda não terminei de dizer...

Aquela fruta amarga sendo provada, a cada "tu, tu, tu" do som do telefone.

Eu tinha duas opções: apertar redial ou bater com força o telefone no gancho. Mas não, resolvi terminar a frase e dizer pra ninguém, apenas pro telefone - eu te amo.
Voltei para eu mesmo, sentei no sofá, ligo a tv, finjo assistir, assim como finjo que estou ocupado quando me ligam convidando pra sair.

- Ah, cara... Nem vai dar, sabe como é: Trabalho de faculdade, uns papéis do estágio que eu tenho que entregar... - Eu mentia, muito mal.
- Ah, então deixa pra próxima, véi. Eu sei que você tranco a faculdade e foi demitido porque parou de estudar... - Ria meu amigo, do outro lado da linha. - Mas... tudo bem, eu te entendo assim como a entendi.

Pronto, foi isso. Uma preposição. Não foi dito nome, não foi feito ênfase. Apenas aquele simples e único "a". Voltei pra minha tv, voltei pro meu sofá, acendi um cigarro e quando já estava com ele acesso, tinha me lembrado que o cinzeiro estava cheio, me lembrei também que eu não podia fumar dentro de casa. Então, com o cigarro na mão, peguei a chaves, dei um trago e sai pela porta. Soltei a fumaça já fora de casa enquanto olhava pro céu, um céu sem nuvens, uma noite muito linda na verdade. Traguei de novo. Nessa mesma hora, tossi, e uma voz veio do lado esquerdo... eu sabia de quem era a voz, mas não quis virar.

- Se você tragar de novo, eu prometo que volto pra casa e não te falo o porque de estar aqui.

Estranho, não é? Alguém que jurou te odiar, que pediu para que não entrasse mais em contato, que de todos os meios comunicativos conseguiu te cortar, viesse falar com você sem mais nem menos. E isso foi suficiente pra sentir um calor entre o vão do dedo indicador e do meio, o cigarro queimara em minha mão, e eu acordara daquele sonho. Infelizmente.

Abri a torneira, totalmente. Dessa vez queria saber: se ainda estava sonhando ou se estava acordado. Limpei o rosto, olhei no espelho e não conseguia me ver. Não consegui ver nenhum dos meus sonhos realizados naquele reflexo, nenhuma das promessas compridas, nenhuma emoção por completa. Nenhuma. Nem uma.
Passei pelo hall da casa, tinha muitas opções: sentar no sofá, fumar, dormir, ou quem sabe....
E essa foi a decisão... Sai, sozinho, como de costume. Desci a rua com alguma esperança que a vida pudesse, se ainda pudesse chamar o que eu tinha de vida, me dar uma chance pra realmente viver, pra realmente encontrar um objetivo. Por isso, pensei:

- "E se eu for por um caminho diferente até o metrô?" - Pensei lentamente, e sorri, sorri como se eu fosse o cara mais inteligente do mundo.

Virei a direita, segui reto, olhei para o lado e vi escrito em um outdoor:

"Viva enquanto há vida"

Eu não sei se foi bom, se foi ruim, eu só sei que agora eu estou caminhando, a noite, apostando em qualquer coisa, acreditando no impossível, realizando sonhos.

O meu espelho reflete o meu sonho de agora.
As frutas já estão doces.

14 de jan. de 2011

Mais poesia

Ah, só pra constar, eu aceitaria de bom grado uma ideia para um capitulo novo de Crônicas de um Espírito. Já pensei em como vai ser o último, mas queria fazer pelo menos mais um antes de acabar. Podem dar ideias nos comentários.

Outra coisa, para entender esta poesia vocês tem que conhecer as três deusas do tempo, Urd, Belldandy e Skuld. Cada uma representa um aspecto do tempo. Urd representa o passado, Belldandy o presente e Skuld o futuro. Isso na mitologia nórdica, só pra constar.

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Título: Minha Tríade

Se me perguntarem qual é a melhor época da minha vida
Eu saberia exatamente como responder
Pois os tempos que eu vivi e viverei
São como três amantes divinas, para sempre em meu coração

Primeiro, eu falaria de Urd
De sua experiência que me auxilia nos muitos momentos de necessidade
De sua dor que me ensina a escolher meus caminhos na estrada da vida
E de sua alegria, que me contagia e varre minha tristeza durante a noite

Pois ela é a memória
De tudo aquilo que aprendi
De todo erro que cometi
E de todo sorriso que compartilhei

E é ao lado dela que eu vou dormir
Pensando em tudo o que se passou
E é no seio dela que eu procuro abrigo
Lembrando tudo aquilo que a vida me ofereceu

Depois, eu falaria de Belldandy
De suas provações que me moldam e refinam para enfrentar a vida
De suas provocações que me testam sedutoras em cada batalha
E de suas surpresas, que me recompensam e me guiam dia após dia

Pois ela é o caminho
Que me leva a perfeição
Que guia o meu aprendizado
E que abençoa a minha alma

E é ao lado dela que eu vou andar
Enfrentando todos os desafios
E é no ventre dela que eu planto minha semente
Que moldará o eu que virei a ser

E por último, falarei de Skuld
De suas promessas que me motivam a nunca parar
De suas chances que me proporcionaram meus desejos
E de suas travessuras, que me mantêm atencioso

Pois ela é o sonho
Sempre a empurrar meus passos
Sempre a incentivar minhas aspirações
E sempre a iluminar meus objetivos

E é ao lado dela que eu vou acordar
Refletindo sobre o que me será reservado
E é nos lábios dela que eu saceio minha sede
Aceitando a recompensa de todos os meus atos

Se me perguntarem qual é a melhor época da minha vida
Eu saberia exatamente como responder
Pois os tempos que vivi e viverei
São como três amantes divinas que agraceiam minha vida, cada uma a seu modo.

Lucas Rangel Lima

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"Viver cada dia lembrando o passado para moldar seu futuro pode ser realmente cansativo, mas não fazê-lo é muito pior."

11 de jan. de 2011

A Vida Que Eu Sonhava Ter - Capítulo 4: O Trabalho e os Animais

Definitivamente, os últimos três dias foram os mais cansativos da minha vida...

Finalmente arranjei tempo para ler o livro que peguei emprestado da biblioteca e para escrever neste diário depois de limpar e semear a terra e cuidar daqueles benditos animais... Nunca pensei que seria tão difícil assim cuidar de uma fazenda! Como ele conseguia naquela idade? Começo a duvidar de mim mesmo e de minha capacidade de permanecer aqui por muito tempo...

No primeiro dia, eu passei a manhã, a tarde e grande parte da noite preparando o terreno para o plantio. Como se não bastasse, um vendedor da cidade passou aqui querendo comprar minhas mercadorias! Eu ACABEI de chegar! É CLARO que eu não tenho nada pronto!

De qualquer jeito, ele foi embora rápido. Um pouco desapontado, mas rápido. Agora estou um pouco arrependido pelo modo que o tratei, me encontrava muito estressado para conversar. Vou pedir desculpas da próxima vez que encontrá-lo.

Bem, no segundo dia eu terminei de preparar o terreno e comecei a plantar. Isso não foi tão difícil quanto eu esperava. O que me matou mesmo foi regar tudo... não acredito que vou ter que fazer isso diariamente...

Enquanto eu trabalhava, um velho senhor de uma das fazendas vizinhas passou por aqui e me ofereceu um jovem cavalo. Ele disse que o filhote é cria de um dos cavalos que vivia aqui antigamente e que era meu por direito. Mesmo assim, eu agradeci a ele e o convidei para vir conversar ou comer alguma coisa quando tivesse tempo. Ele parece ser um conhecido do meu velho amigo, então achei que seria legal fazer amizade.

Parece que estou me encaixando melhor aqui do que na minha cidade...

Enfim, no terceiro dia, eu acordei cedo, reguei as plantas, alimentei o cavalo e saí a procura de mais animais. O prefeito havia dito que haviam duas fazendas na redondeza, uma delas especializada em galinhas. Resolvi passar nela primeiro.

A Fazenda Poultry* ficava a apenas alguns minutos de caminhada, não foi muito difícil encontrá-la. Ela era cercada por uma grande plantação de milho, eu podia escutar as galinhas a metros de distância.

Ao me aproximar da fazenda, uma mulher de cabelos rosados me chamou a atenção. Ela parecia estar nos seus vinte, trinta anos de idade, mas cuidava dos animais vigorosamente.
Tentei me aproximar lentamente sem fazer muito barulho para evitar assustá-la, mas ela me viu antes que eu pudesse chamá-la. Sem cerimônias, fui convidado para entrar e tomar uma xícara de chá. Conversamos um pouco e eu fiquei sabendo que ela era a atual dona da fazenda, e que vivia lá com seus dois filhos, um garoto da minha idade e uma menina quatro anos mais nova. Nenhum deles se encontrava na casa durante a minha visita.

Depois de conversarmos, eu expliquei a minha situação e ela gentilmente me cedeu uma de suas galinhas. Conversamos por mais algum tempo e eu fiquei de voltar para visitá-la mais vezes. Parece que ela possuí alguma doença que a impossibilita de se exercitar muito. Fiquei surpreso com isso, ela me parecia uma mulher tão saudável!

Espero ter mais tempo para fazer essas visitas agora que meu trabalho está mais estável. Gostaria muito de conhecer a jovem filha da gentil dona da Fazenda Poultry. Acho que o nome dela era Patrícia...

*Poultry: Ave doméstica.

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"O valor da nossa vida não está naquilo que realizamos, e sim no quanto nos dedicamos no nosso dia-a-dia"

O Rei e o Lobo - Capítulo 7: Memórias e Lendas

Mas enquanto o guerreiro vivia sua vida em paz, o Rei o procurava desesperadamente. Seu poder incompleto o torturava dia após dia, como se sua presa sentisse falta da outra. E assim, dia após dia, mês após mês, ano após ano, sua ansiedade crescia e o deixava mais forte.

Já o filho do guerreiro, agora possuidor da segunda presa, vivia sua vida feliz e em paz, em uma das poucas vilas que o rei ainda não havia alcançado. Desde a infância até a juventude, ele viveu isolado das garras de seu soberano e sendo treinado por seu pai, que era de longe mais forte do que qualquer outro da vila.

E assim, o tempo passou até que o garoto atingiu a idade que o pai tinha quando enfrentou a fera.

No seu aniversário, ele foi presenteado com uma espada e uma armadura e enviado pelo pai para a floresta, onde ele deveria procurar por suas respostas. Confiante na palavra de seu pai, o jovem embarcou em sua primeira aventura.

Dias e noites ele passou vagando sozinho pela floresta, se alimentando apenas do que a natureza lhe oferecia. Mas mesmo perdido, cansado e enfraquecido, ele continuou andando sem fraquejar até que o vigésimo dia chegasse.

Como um sopro frio do passado, o jovem encontrou um altar antigo que parecia ter acabado de ser terminado. As pedras brilhavam sobre a luz da lua e os espíritos da noite pareciam dançar sobre sua cabeça. Surpreso e encantado, ele subiu no altar por uma escadaria de rocha polida.

Ao chegar no topo, o jovem encontrou o corpo de um homem deitado na mesa do altar. Seus cabelos eram negros como o céu noturno e sua aparência era calma e tranquila, como alguém pôde finalmente descansar depois de séculos de tormento. Ao se aproximar, o jovem notou que o homem possuía feições caninas, e que suas mãos se assemelhavam as garras de um lobo.

Se lembrando das histórias de seu pai, o jovem colocou sua mão sobre os lábios do homem, com a intenção de abri-los. Imediatamente, séculos de memórias misturadas a puro desespero atravessaram sua mente. Era como se a alma daquele homem estivesse ali esperando por ele, esperando para que pudesse compartilhar a história de como ele havia sacrificado a sua humanidade pela sua família e de como ele foi enganado por um espírito e forçado a se tornar uma fera. A história de como ele enfrentara e vencera a contra-gosto centenas e centenas de guerreiros que vieram a procura de seu poder. E a história de como ele fora derrotado por um único jovem carregando uma espada.

Quando tudo acabou, o jovem já não conseguia mais discernir se ele era a criança que nasceu em uma pequena vila ou o homem que viveu séculos como um monstro a habitar a floresta. Mas mesmo mergulhado em confusão, ele sabia de duas coisas. A primeira é que ele agora possuía controle total sobre o poder de sua presa. A segunda é que ainda havia uma presa faltando.

7 de jan. de 2011

A Vida Que Eu Sonhava Ter - Capítulo 3: A Cidade e a Biblioteca

Hoje foi o meu segundo dia cuidando desta fazenda e já me encontro completamente exausto. Não consigo imaginar como meu velho amigo conseguia dar conta de tantos detalhes diariamente.

Passei a noite inteira de ontem arrumando a casa até que ela ficasse num estado decente, e por causa disso acabei indo dormir muito tarde. Ainda assim tentei acordar cedo, e de manhã comecei a explorar os móveis da casa. Entre os eletrodomésticos restantes, apenas uma televisão antiga e a geladeira funcionam, o que significa que vou ter problemas para cozinhar sozinho. Fora isso, apenas uma mesa, um baú e o armário restaram.

Assim que terminei de ajeitar tudo, o prefeito retornou com um mapa da cidade e alguns documentos para que eu assinasse. Depois de resolver toda a burocracia, ele me levou para ver a cidade.

Primeiro, visitamos a igreja, que fica ao lado do cemitério. Eu particularmente não sou um homem religioso, mas como um estudioso achei interessante ver um lugar com tanta história e tão belo. O padre também era uma pessoa muito gentil e me convidou para visitar a igreja novamente assim que tivesse tempo.

Em seguida, fomos até um bar que ficava um pouco depois da igreja. Era muito cedo, por isso o lugar se encontrava completamente vazio. O dono do bar estava arrumando as mesas, e nos cumprimentou de forma muito educada quando entramos. Levamos um pouco mais de tempo por lá, pois ele nos ofereceu algumas bebidas, mas depois de uma boa conversa nós acabamos nos despedindo e eu fui novamente convidado para visitar o lugar mais vezes.

O terceiro lugar que visitamos foi a praça da cidade. Quando chegamos, haviam apenas algumas mulheres conversando. O prefeito me apresentou para elas e depois de alguns minutos conversando, elas logo perderam o interesse e voltaram a falar entre si. Acabando completamente ignorados, resolvemos partir sem mais delongas.

Saímos pela estrada a norte do parque, que nos levou direto a clínica da cidade. Lá dentro haviam apenas duas pessoas, um médico cujo nome eu já me esqueci e a senhorita Elen, enfermeira. O primeiro me pareceu uma pessoa muito antipática, completamente o contrário da senhorita. Seu sorriso inocente e sincero me conquistou instantaneamente.

Eu preferiria ter passado mais tempo por lá, mas o médico antipático disse que estávamos atrapalhando e nos expulsou. Ao saírmos, a senhorita Elen ainda brincou dizendo "Espero não vê-los tão cedo!".

Por fim, o prefeito me levou ao mercado. O vendedor pareceu extremamente frustrado quando dissemos que não iríamos comprar nada, mas fora isso ele me pareceu uma boa pessoa. Não nos demoramos por lá.

Terminando o tour, eu resolvi perguntar ao prefeito se havia algum biblioteca ou livraria por perto. Surpreso pelo meu interesse aparentemente incomum, ele me apontou o caminho para a biblioteca da cidade e me deixou partir sozinho para que me acostumasse a andar por ela. Não demorou muito até que eu encontrasse o que procurava.

Para minha satisfação, ela parecia ser bastante grande. No prédio ao lado, parecia haver uma escola fechada, mas eu não dei muita atenção e logo entrei sem nem mesmo bater na porta.

No segundo seguinte, meu queixo caiu.

A quantidade de livros era simplesmente absurda! Eles cobriam todas as paredes até o teto sem falar na quantidade de estantes lotadas perfeitamente organizadas! Eu me demorei por uns cinco segundos paralisado na porta e provavelmente teria ficado paralisado por mais tempo se não fosse pela jovem que gritou assustada e atirou para cima os livros que estava carregando.

"Você está bem?" Perguntei preocupado.

Ela hesitou timidamente por um segundo e depois respondeu "Quem é você?"

Inconscientemente, eu também acabei hesitando em responder pois fique encantado com a expressão extremamente fofa que ela fez ao dizer isso, mas logo respondi sua pergunta.

Depois de ouvir a história de como cheguei ali, ela simplesmente se levantou, apanhou os livros e disse "Desculpe por assustá-lo, mas dificilmente recebo alguma visita. Muito menos de um estranho..."

E com isso dito, ela se pôs a colocar os livros em seus devidos lugares de forma muito introvertida e evitando fazer contato visual comigo. Determinado a continuar a conversa eu perguntei "Tem algum livro que você me recomendaria?".

Ela congelou por um instante, como se esta fosse a última pergunta que ela esperava ouvir de mim. Em seguida, ela foi caminhando até uma estante no canto da sala e apontou para uma pequena série de livros, mantendo seus olhos fixos no chão.

"Aqueles são interessantes..." Disse ela.

Cada vez mais encantado com a timidez e com a fofura dela, eu agradeci e peguei um dos livros.

"Não quer pegar todos de uma vez? Assim não precisará de voltar toda vez que terminar de ler um." Ofereceu ela.

Naquele momento, eu morri de vontade de responder algo como "Mas assim eu não poderei vê-la com tanta frequência", mas minha própria timidez me forçou a responder um simples "Não tem problema." e voltar para casa.

Agora vou ler um pouco antes de dormir. Quanto antes terminar, mais cedo poderei voltar e vê-la. Também não seria nada mal voltar para a clínica e rever a senhorita Elen...

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"Novos começos são recheados de novos encontros e novas possibilidades. Só precisamos saber usar nossa experiência para fazer as escolhas certas."

Muitas poesias ultimamente né?

Ando inspirado pra escrever poesias nesses últimos dias, mas eu não me esqueci das séries viu? Espero postar a continuação de pelo menos duas nesta semana.

Essa é inspirada na história de Kanon.

(a ordem nos versos é Nayuki/Makoto/Shiori/Mai/Ayu)
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Título: Recomeçando

Esta manhã eu tive a impressão
De que você estava me chamando
De que você estava me esperando
E achei que se estendesse a mão, poderia lhe tocar

Agora eu me lembro do que aconteceu no passado
Os laços que nos ligavam
As dores que me incomodavam
As pessoas que me amavam
E os erros que ainda nos amarram

Não te culpo por me chamar de mentiroso
Depois das promessas que eu esqueci
E também não a culpo por não me querer ao seu lado
Depois de ter te ignorado, e de ter abandonado o nosso passado

Mas agora eu já me lembro de tudo
E não quero que pense que não vou fazer nada
Estou aqui para me tornar sua família
Estou aqui para compensar pelo meu abandono
Estou aqui para lhe acompanhar em seu medo
Estou aqui para ajudá-la a enfrentar seus erros
E estou aqui para me tornar seu companheiro

Mesmo tendo te deixado triste no passado
Não lhe direi mais mentiras
Mesmo tendo te deixado na minha impotência
Não sairei mais do seu lado
Mesmo tendo te conhecido nesta hora maldita
Não lhe deixarei carregar este fardo só
Mesmo tendo te atrapalhado em suas lutas
Não permitirei que batalhe sozinha
Mesmo tendo te amado e te perdido no passado
Manterei você aqui do meu lado de agora em diante

Farei tudo aquilo que estiver a meu alcance
Para ver o sorriso daquela que feri
Me tornarei sua força sempre que precisar de mim
Para que tenha alguém com quem possa contar
Estarei ao seu lado como um irmão vigiando carinhoso
Para lhe proteger do que o futuro lhe reserva
Lutarei contra qualquer coisa que o destino colocar em meu caminho
Para salvar da solidão aquela que a luz abençoou
Te amarei como ninguém nunca sonhou tentar
Para que também me ame, e contigo eu possa ficar

Não vou mais deixá-la sozinha neste frio

Esta manhã eu tive a impressão
De ter escutado novamente o seu chamado
De ter sentido novamente o seu abraço
De que se eu abrisse meus olhos, você teria retornado

E quando o fiz, já não estava mais triste.

Lucas Rangel Lima

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"No passado, posso ter lhe abandonado. Mas estou aqui por você agora, e não tenho dúvidas em relação aos meus sentimentos."