Eu queria te escrever uma poesia
Sobre como foi maravilhoso meu tempo contigo
Sobre o quão ansioso eu estava, quão nervoso
Quão feliz o seu sorriso me deixava
Eu passei noites imaginando sua cabeça em meu colo
E minhas mãos acariciando seu rosto
Enquanto eu cantava todas as músicas
Que exprimem o que sinto por você
Eu ria sozinho, sorrindo no escuro
E sonhava esquecendo do medo
Sim...
No entanto, parece que não será possível
Parece que como sempre, apenas enganei a mim mesmo
Que você quer me fazer de tolo
Me tratar como um idiota
As vezes eu penso sabe...
Como você ousa exigir tanto de mim
Quando é incapaz de me oferecer sequer metade?
Como ousa me chamar de fraco, de medroso
Temer me perder quando já me deixou para trás?
E ainda achar que pode dizer
"Ainda estou aqui"
Eu decidi ser mais forte que isso
Continuei a te amar independente da nossa loucura
Continuo a sonhar apesar de parecer em vão
E não pretendo cobrar de você nada em troca
Daquilo que eu não posso evitar de oferecer
Só peço, se possível
Que em algum momento, por favor
Supere seus medos, se lembre de mim
E me estenda sua mão
Me dê um abraço...
Lucas Rangel Lima
31 de mai. de 2014
25 de mai. de 2014
A Cabana
Em meio a uma floresta sem fim
De árvores altas e imponentes
Grama verde e comportada
Havia uma pequena cabana solitária
Suas paredes eram de uma madeira escura
Diferente da de qualquer árvore naquela floresta
O gramado ao seu redor era alto e cinzento
Dificultando a qualquer um de se aproximar
Era como se ela não pertencesse à floresta
Como se fosse uma estranha, uma intrusa
Como se tivesse se perdido em seu abandono
E esquecido o lugar a onde pertence
Coberta de musgo, trepadeiras e teias de aranha
Janelas quebradas de um vidro fosco e manchado
Paredes tortas e lascadas, beirando a ruína
E um enorme buraco em seu telhado
Ela simplesmente apodrecia em silêncio
Incapaz de abrigar a mais ninguém
Envergonhada do estado em que chegara
Trancada por dentro pelos próprios escombros
Desejando um dia ser ocupada mais uma vez...
Desejando um dia ser cuidada uma primeira vez...
Sonhando com uma lareira acesa a aquecê-la
Quadros pendurados a decorá-la
Móveis espalhados a preenchê-la
E alguém a dar-lhe propósito
Era apenas isso o que a sustentava
O que a fazia resistir às cruéis tempestades
Esperar calmamente pelo sol durante à chuva
Ruir o mais lentamente possível
Mesmo ela sabendo que não havia mais volta
Que chegava a ser injusto desejar ser consertada
Que estava apenas a estender sua dor
Que independente do quanto aguentasse, só lhe restava o arrependimento
Ela permanecia na floresta
Cercada por árvores que não a reconheciam
Privada de qualquer luz e som
Fadada a esquecer como era o calor
Vivendo de esperanças doentes
Contraditórias, infelizes
Remoendo medo em seu interior
Sofrimento, rancor
Há quem diz tê-la visto
E achado-a bela
Há quem diz tê-la visto
E achado-a aconchegante
Há quem diz que ela está certa em esperar
Mas ao anoitecer, ninguém a procura
E sem ter como fugir do vazio que a devora
Sem ter como superar a derrota
Sem nem mesmo poder chorar
A pequena cabana solitária morre
Pouco a pouco
Todo dia
Lucas Rangel Lima
De árvores altas e imponentes
Grama verde e comportada
Havia uma pequena cabana solitária
Suas paredes eram de uma madeira escura
Diferente da de qualquer árvore naquela floresta
O gramado ao seu redor era alto e cinzento
Dificultando a qualquer um de se aproximar
Era como se ela não pertencesse à floresta
Como se fosse uma estranha, uma intrusa
Como se tivesse se perdido em seu abandono
E esquecido o lugar a onde pertence
Coberta de musgo, trepadeiras e teias de aranha
Janelas quebradas de um vidro fosco e manchado
Paredes tortas e lascadas, beirando a ruína
E um enorme buraco em seu telhado
Ela simplesmente apodrecia em silêncio
Incapaz de abrigar a mais ninguém
Envergonhada do estado em que chegara
Trancada por dentro pelos próprios escombros
Desejando um dia ser ocupada mais uma vez...
Desejando um dia ser cuidada uma primeira vez...
Sonhando com uma lareira acesa a aquecê-la
Quadros pendurados a decorá-la
Móveis espalhados a preenchê-la
E alguém a dar-lhe propósito
Era apenas isso o que a sustentava
O que a fazia resistir às cruéis tempestades
Esperar calmamente pelo sol durante à chuva
Ruir o mais lentamente possível
Mesmo ela sabendo que não havia mais volta
Que chegava a ser injusto desejar ser consertada
Que estava apenas a estender sua dor
Que independente do quanto aguentasse, só lhe restava o arrependimento
Ela permanecia na floresta
Cercada por árvores que não a reconheciam
Privada de qualquer luz e som
Fadada a esquecer como era o calor
Vivendo de esperanças doentes
Contraditórias, infelizes
Remoendo medo em seu interior
Sofrimento, rancor
Há quem diz tê-la visto
E achado-a bela
Há quem diz tê-la visto
E achado-a aconchegante
Há quem diz que ela está certa em esperar
Mas ao anoitecer, ninguém a procura
E sem ter como fugir do vazio que a devora
Sem ter como superar a derrota
Sem nem mesmo poder chorar
A pequena cabana solitária morre
Pouco a pouco
Todo dia
Lucas Rangel Lima
17 de mai. de 2014
Para Aquecer à Alma
Ele tinha frio
Portanto colocou o bule no fogo
Esperou a água ferver
Misturou suas ervas prediletas
E se aqueceu
Foi assim que aprendera a viver
Através da própria experiência
Foi assim que sobrevivera ao frio
E aprendera a amar o inverno
Vestindo seu casaco favorito
Suas botas e luvas mais confortáveis
Segurando uma bebida quente com as duas mãos
E ouvindo a uma lenta canção
Para aquecer à alma
Era assim que sabia viver
Como se o mundo tivesse lhe deixado de lado
Era assim que sobrevivera ao fim
Tantas vezes quanto seu coração aguentara
Assim que aprendera a se aceitar
E quem sabe,
Assim que um dia seria aceito...
Lucas Rangel Lima
Portanto colocou o bule no fogo
Esperou a água ferver
Misturou suas ervas prediletas
E se aqueceu
Foi assim que aprendera a viver
Através da própria experiência
Foi assim que sobrevivera ao frio
E aprendera a amar o inverno
Vestindo seu casaco favorito
Suas botas e luvas mais confortáveis
Segurando uma bebida quente com as duas mãos
E ouvindo a uma lenta canção
Para aquecer à alma
Era assim que sabia viver
Como se o mundo tivesse lhe deixado de lado
Era assim que sobrevivera ao fim
Tantas vezes quanto seu coração aguentara
Assim que aprendera a se aceitar
E quem sabe,
Assim que um dia seria aceito...
Lucas Rangel Lima
14 de mai. de 2014
O Sentimento de um Instante
Depois do que pensara ser o ultimo instante
O sentimento abre os olhos e desperta
Sem entender a principio, ele pensa estar morto
Mas não demora a entender a verdade
Ele era imortal
Depois de olhar para si mesmo e suas feridas
O sentimento percebe que não sangra
Não importa a lança ou a espada que o fura
Nem o peso nem o fio do aço
Ele havia superado
Tudo parecia leve
Tudo parecia longe
Tudo parecia pequeno
Tudo parecia real
Ele era real
Por um instante
O sentimento se achou belo
Não quis desaparecer mais, ou se apagar
Quebrar promessas e se arrepender
Por um instante
O sentimento se sentiu eterno
E esse instante
Foi tudo o que bastou para que o fosse
Lucas Rangel Lima
O sentimento abre os olhos e desperta
Sem entender a principio, ele pensa estar morto
Mas não demora a entender a verdade
Ele era imortal
Depois de olhar para si mesmo e suas feridas
O sentimento percebe que não sangra
Não importa a lança ou a espada que o fura
Nem o peso nem o fio do aço
Ele havia superado
Tudo parecia leve
Tudo parecia longe
Tudo parecia pequeno
Tudo parecia real
Ele era real
Por um instante
O sentimento se achou belo
Não quis desaparecer mais, ou se apagar
Quebrar promessas e se arrepender
Por um instante
O sentimento se sentiu eterno
E esse instante
Foi tudo o que bastou para que o fosse
Lucas Rangel Lima
8 de mai. de 2014
Aquele Sonho
Com um pincel molhado de tinta em mãos
Jornal velho esparramado pelo chão
E uma parede em minha frente,
Eu me lembrei de você
Lembrei que um dia sonhei
Com um quarto que fosse nosso
Cheio de objetos e móveis
Que teriam significado só para nos dois
Livros, bonecos de pelúcia,
Jogos, seriados, bobagens
Jogos, seriados, bobagens
E como você havia dito
Uma parede, pintada por nós dois
Um pouco a cada dia
Não sei como descrever o que senti
Não sei se sorri ou se quis chorar
Fiquei apenas a me perguntar
Se ainda há Amor nos meus pensamentos por ti...
Quis sonhar aquele sonho novamente
Por um instante sequer que fosse
Imaginar quão feliz eu poderia ter sido
E acreditar que pelo menos
Você possa um dia vivê-lo
Lucas Rangel Lima
7 de mai. de 2014
A Limpeza e o Coração
Procurando por alguma coisa que esquecera
Ele começa a organizar os papeis e os livros
Os CDs e os cadernos jogados na mesa
Juntando os lápis e as canetas
Ele começa a organizar seu quarto
Começando pela escrivaninha
Que a tanto tempo abandonara
Deixara de lado, cansado dos estudos
Ele organiza, folha por folha, coisa por coisa
As roupas jogadas, amassadas, limpas e sujas
Como se não tivesse sido ele mesmo a largá-las ali
Ele as dobra e as recolhe apropriadamente
As guarda na cômoda e leva à lavanderia
A poeira cobrindo o chão e os móveis
Com uma vassoura recém comprada, ele varre
Limpa tudo, com um pano e lustra-móveis
Removendo todas as teias, todas as manchas
Ele então troca os lençóis de sua cama
Abre a janela, deixando o quarto respirar
A luz do sol entrar
E se deita por alguns minutos
Em seus sonhos,
Procurando por alguma coisa que perdera
Ele começa a organizar as lembranças e sentimentos
Os pensamentos e as memórias recentes
Juntando as conversas e as palavras
Ele começa a organizar seu coração
Começando pelo amor próprio
Que nem mesmo era capaz de lembrar quando perdera
Deixara de lado, cansado dos ferimentos
Ele reúne caco por caco, gota por gota
As pessoas amadas, esquecidas, vivas ou mortas
Como se não tivesse sido ele a prometer a eternidade
Ele as supera e abraça da forma que melhor entende
As agradece sincero e se despede calado
O egoísmo o corroendo por dentro
Com uma decisão impensada, ele afasta
Distancia tudo, com muito medo
Abandonando qualquer desculpa, qualquer perdão
Ele então escreve uma nova poesia
Abre sua alma, deixando o coração respirar
O desconforto da dor passar
E chora para sempre
Em seus sonhos
Em seu quarto
Sozinho
Lucas Rangel Lima
4 de mai. de 2014
Uma Certa Manhã
Ele abriu os olhos naquela manhã decidido
Ninguém precisava saber que ele não havia dormido
Que ele não conseguia mais descansar em seu repouso
Que agora ele escolhia não lembrar de seus sonhos
Ele mesmo, no final das contas
Na realidade
Não sabia de nada
Na realidade
Não sabia de nada
Era idiota demais para entender
Havia tanta coisa acontecendo, talvez
Ele só
Não sabia
A cama sem lençol
A janela de vidro entreaberta, iluminando o quarto
A preguiça, o despertador, o calor, a tristeza
O vazio absurdo e ilógico
O sorriso
É. Ele estava decidido.
Ninguém precisava saber de nada
Ele não merecia nenhum descanso também
E no final das contas
Seus sonhos nunca foram muito bons mesmo....
Lucas Rangel Lima
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