Ele acordou cedo hoje e partiu. Acabei ficando um pouco decepcionada, mas não posso fazer nada a respeito então logo me conformo e volto a fazer o de sempre.
Assombrar minha casa.
Bem, antigamente eu chamava de “andar por aí”, mas aí comecei a me perguntar se o que eu tenho ainda pode ser chamado de “pé” e se eu realmente estou “andando”. E como eu nunca deixei a casa...
Deixar essa casa... Quantas vezes esse pensamento me tentou? Principalmente desde que Ele veio. Morro de vontade (tá bom, o mais próximo disso possível) de segui-Lo toda vez que Ele vai embora, de conhecer mais sobre Ele do que apenas seu gosto por livros de suspense... Mas por alguma razão a única vez em que estive fora desses muros desde que morri foi no meu primeiro dia como fantasma.
O dia em que eu morri.
Desde então, não consegui mais sair. Acho que eu tinha medo de ser encontrada por algum anjo querendo me arrastar para o céu ou sei lá. Não que agora eu ainda me preocupe com isso. Afinal, se existe algum anjo a me encontrar, com certeza é Ele...
Sim... Ele deve ser alguma espécie de anjo. Um anjo só meu. Alguém que se importa comigo e que vai sempre estar lá para mim.
Todas as noites...
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