Acendo a luz do quarto
Sem saber direito o que quero
Jogo minha toalha molhada na cama do meu irmão
E tiro o violão dele da minha cama
Que horas são? Não faço ideia
Só visto uma calça jeans e uma regata
Um colar qualquer e dois anéis
"É. Preto hoje."
Olho pela janela e vejo as nuvens
Sem falar dos gatos, no telhado do vizinho
Me pergunto, como alguém alheio ao mundo
"Se chover, para onde eles vão?"
Coloco meu sax nas costas e saio
Quem me dera para encantar alguma garota
Mas alás, só gosto do peso em minhas costas
E de explicar que o que está na softcase,
Não é um violão.
A praia está vazia, os quiosques estão parados
Nas ruas apenas pombos e lojistas
E um idiota esperando a chuva, caminhando a esmo
Esperando nada, ou qualquer coisa
Cumprimento um conhecido, aceno para um amigo
Visito com os olhos alguns lugares
Espero andando as horas passarem
Como quem foge de ficar parado
Volto para casa, como e tomo outro banho
Escuto as conversas e respondo quando me chamam
Esqueço o que foi dito e nem mesmo ligo
Pois amanhã pode não ser igual
Mas tenho quase certeza de que será o mesmo...
Lucas Rangel Lima
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"Tentativas sem fé podem não trazer mudanças, mas também não alimentam a frustração."
O nome do poema deveria ser tédio...
ResponderExcluirComprimento é tamanho
Cumprimento é saudação
Está melhorando a arte da escrita, adorei a citação de J Bravo...
Beijão!
Distrações, distrações, um dia ainda escrevo meu nome errado também rsrsrs
ResponderExcluirJ bravo forever~