28 de jul. de 2012

Um Dia, Não Um Desafio


Acendo a luz do quarto
Sem saber direito o que quero
Jogo minha toalha molhada na cama do meu irmão
E tiro o violão dele da minha cama

Que horas são? Não faço ideia

Só visto uma calça jeans e uma regata
Um colar qualquer e dois anéis

"É. Preto hoje."

Olho pela janela e vejo as nuvens
Sem falar dos gatos, no telhado do vizinho
Me pergunto, como alguém alheio ao mundo
"Se chover, para onde eles vão?"

Coloco meu sax nas costas e saio
Quem me dera para encantar alguma garota
Mas alás, só gosto do peso em minhas costas
E de explicar que o que está na softcase,
Não é um violão.

A praia está vazia, os quiosques estão parados
Nas ruas apenas pombos e lojistas
E um idiota esperando a chuva, caminhando a esmo
Esperando nada, ou qualquer coisa

Cumprimento um conhecido, aceno para um amigo
Visito com os olhos alguns lugares
Espero andando as horas passarem
Como quem foge de ficar parado

Volto para casa, como e tomo outro banho
Escuto as conversas e respondo quando me chamam
Esqueço o que foi dito e nem mesmo ligo
Pois amanhã pode não ser igual

Mas tenho quase certeza de que será o mesmo...

Lucas Rangel Lima

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"Tentativas sem fé podem não trazer mudanças, mas também não alimentam a frustração."

2 comentários:

  1. Fabiano Gonçalves Lima30 de julho de 2012 às 18:17

    O nome do poema deveria ser tédio...

    Comprimento é tamanho
    Cumprimento é saudação

    Está melhorando a arte da escrita, adorei a citação de J Bravo...

    Beijão!

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  2. Distrações, distrações, um dia ainda escrevo meu nome errado também rsrsrs

    J bravo forever~

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