Vejo uma página em branco
E já sinto doer minha cabeça
Tanta poesia, tanto cansaço
Tão pouco tempo...
Pego a página, e como um ladrão
Me escondo
Em meu quarto, em mim mesmo
Em minha cabeça, que já não dói tanto
Me escondo
E escrevo
Um, dois, três ou quatro versos
A partir de minha mão,
Continua a fazer nascer estrofes
Filhos sem pai ou mãe
Se não a vida
E eu
Continuo a escrever
Até voltar a doer minha cabeça
Não há mais espaço na página
Toda a poesia, todo o cansaço
Em tão pouco tempo
Se esvai
E só me resta descansar
Ou procurar outra página
Lucas Rangel Lima
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