15 de dez. de 2010

A Vida Que Eu Sonhava Ter - Capítulo 2: Chegada

Apenas informando aqueles que jogam/jogaram Harvest Moon Back to Nature ou Friends of Mineral Town, eu pretendo manter os seguinte lugares:

1-Poultry Farm

2-O bar/restaurante

3-O hospital

4-O ferreiro

5-Yodel Farm

6-O mercado

7-A biblioteca

8-A igreja

Planejo também estar adicionando alguns lugares como a estação de trem e a escola.

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Assim que saí da estação de trem, percebi que não me lembrava do caminho para a fazenda de meu amigo. Ainda assim, cometi o erro de subestimar esta pequena cidade e acabei vagando erroneamente por aí por cerca de duas horas, carregando um misto de arrependimento e ansiedade em meu peito.

Na terceira vez que eu passei pela pequena cachoeira próxima a entrada da cidade, encontrei-me com esta belíssima mulher se banhando. Fiquei surpreso por um momento, mas ela estranhamente não pareceu se incomodar com a minha presença. Ao invés disso, ela apenas me perguntou:

"Quem é você?"

Um pouco assustado e gaguejante (confesso ter pouca resistência a mulheres), eu lhe disse meu nome e lhe contei minha história. Como se estivesse lendo um livro extremamente interessante, ela prestava atenção em cada palavra que eu dizia. Conforme eu falava, meu nervosismo desaparecia e eu me sentia cada vez mais confortável. Por fim, mostrei a ela uma carta em que ele havia colocado um mapa indicando como chegar a sua fazenda e pedi por ajuda.

"Siga o rio e atravesse na primeira ponte."

Sem esperar por um agradecimento, ela mergulhou na água e desapareceu misteriosamente. Ainda me pergunto se não foi apenas a minha imaginação, mas enfim...

Cansado de caminhar por aí, segui as instruções que ela me deu e cheguei a uma pequena fazenda que parecia abandonada a meses. A grama chegava aos meus joelhos, o galinheiro e o celeiro estavam uma bagunça e o estábulo estava imundo. Nenhum animal restava.

A única parte da fazenda que se encontrava em perfeito estado era a casa. As janelas estavam um pouco sujas e haviam algumas teias nos móveis, mas nada que uma pequena limpeza não resolvesse.

Antes que eu pudesse continuar a analisar a fazenda, eu escutei os passos de alguém se aproximando. O nervosismo subiu a minha pele no mesmo instante. "Será que ele ainda está vivo?" Pensava eu.

Mas antes que eu pudesse alimentar mais esperanças, um homem baixo, gorducho e bem vestido irrompeu pela porta visivelmente irritado.

"Quem é você, invasor? O que faz dentro desta propriedade?"

Assim que ouvi a palavra "invasor", me dei conta de que havia entrado sem ser convidado. Pedi desculpas imediatamente e me apresentei logo em seguida, mostrando algumas das cartas que carregava comigo.

"Me desculpe você senhor Henrique. O velho Mario sempre falava sobre suas cartas." Disse ele "Mas eu não pensei que realmente viria"

Sem entender o que ele quis dizer com está última fala, eu perguntei:

"Como assim?"

Com um sorriso no rosto, ele abriu uma gaveta no criado mudo ao lado da cama e retirou um envelope. Dentro do envelope, havia uma folha de papel com a mesma caligrafia de minhas cartas.

"Este é o testamento de Mario. Aqui diz que eu deveria deixar esta fazenda com você caso você aparecesse em menos de um ano. Eu esperei todos os dias nos primeiros quatro meses, mas como você nunca veio, comecei a achar que..."

Ele se calou em meio a fala ao olhar para mim. Eu já havia pensado nesta possibilidade, mas ainda assim não pude conter minha tristeza e acabei vertendo algumas lágrimas.

"Eu compartilho de sua dor..." Disse ele, tentando me confortar "Mas antes de tudo, devo lhe perguntar uma coisa. O senhor deseja ficar com a fazenda?"

Secando meus olhos com as mangas, eu assenti com a cabeça. Em seguida, ele me pediu para assinar alguns documentos e disse que voltaria no dia seguinte para me mostrar a cidade. Eu agradeci e disse que passaria a noite ali mesmo.

"Meu nome é Paulo, sou o prefeito da cidade. Pode contar comigo para o que precisar." Disse ele ao sair.

Agora me encontro sozinho na fazenda com a qual sempre sonhei e que se encontra completamente destruída. Vou começar a limpeza dos cômodos, e assim que terminar de guardar minhas coisas no armário, vou me deitar na minha nova casa pela primeira vez.

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"O amanhã sempre esconderá um teto estranho e um leito não familiar, mas é nas dificuldades dos recomeços que encontramos a força para continuarmos caminhando."

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