21 de jun. de 2012

A Poem For The Demon Lord

Um tributo ao mangá "A Fairy Tale For The Demon Lord", escrito por Kim Yong-hwan.

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Um dia, eu abri meus olhos
E notei que era capaz de discernir o céu e a terra
Que havia sido agraciado com uma alma

Que ganhei consciência
Apenas para viver em um mundo onde nunca poderia ter nada

Como o boneco que eu um dia fora
Simplesmente continuei lutando
Em planícies desertas de um céu cinzento
Com uma lâmina sempre manchada em sangue

Um servo sem nome
Um guerreiro sem honra
Inigualável, ininvejável
Amarrado pelo destino

Até aquele dia



Ser um herói nunca me interessara
Muito menos salvar princesas ou derrotar demônios
Mas as cores que você me mostrou
Me deram propósito
E com muito orgulho 
Me tornei seu cavaleiro

Ainda sem nome, 
Mas com a maior das honras.
O único a receber sua atenção
Carregando o corpo e o rosto que você curou
Com as suas próprias mãos
O corpo e o rosto que você me deu

O corpo e o rosto de quem você estaria destinada a amar




Mas você foi tirada de mim
Antes de sequer me dar um nome
Antes de me entregar a capa que me prometeu
De me fazer seu único cavaleiro

Fiquei apenas com uma promessa
Que nunca seria cumprida...

Quando finalmente cheguei a ti
Havia me trocado por outro
Me substituído.
Não, na verdade eu sempre soube
Eu era o substituto...

Seus sorrisos nunca foram para mim
Não era eu que você via neste rosto
E mesmo tendo sacrificado tudo para chegar até você
Ao sacrificar o que em mim lembrava à ele
Eu te perdi



Mergulhei em desespero
Impotente, descrente
Fraco e derrotado
Destinado a morrer calado
Apagado de sua memória...

Então na escuridão, 
Abracei a um novo destino
Pois se estava fadado a te perder
A deixar que ele roubasse tudo de mim
Deixar que ele fizesse de ti um sacrifício
Eu preferiria, com as minhas próprias mãos
Tirar sua vida eu mesmo...



Minha princesa, eu te amo
Eu fiz tudo por você
Então por favor, eu te imploro
Não chore por ele
Não na minha frente...
Não na frente do seu cavaleiro...
Não depois de ter me dado aquele nome...
De ter esquecido a promessa
E me chamado de Demônio

Mesmo que nunca mais me mostre seu sorriso,
Que nunca mais abra seus olhos,
Eu a farei minha
E enfrentarei qualquer coisa que o destino me trouxer
Só para tê-la


14 de jun. de 2012

12\06

É. Parece que mais um daqueles feriados românticos me passou batido.

Na verdade não tenho do que reclamar. Com excessão de ter humilhantemente tropeçado e caído no chão enquanto caminhava na rua, meu dia doze de junho não foi um dia ruim. Para ser sincero, houveram até mesmo almôndegas no almoço.

Mas não estou aqui hoje para narrar meu dia nem nada parecido. Minha intenção é mais compartilhar alguns pensamentos que me ocorrem no dia-a-dia a respeito desse tema.

Eu gosto de companhia. Ficar sozinho não é nada mal, claro, mas existe um certo charme em estar em um relacionamento sabe? Ter companhia e tudo mais. É reconfortante, caloroso, uma maravilha sem dúvida.

Mas também é necessário sempre um pouco de maturidade para apreciar tudo isso.

É por isso que eu estava sozinho ontem, provavelmente. E é também por isso que eu caí e arrentei o joelho, claro. Anda bem difícil arranjar "companhia" ultimamente. Ou melhor dizendo, para mim, sempre foi.

Não estou dizendo que as pessoas que estão namorando são sortudas e devem apreciar o momento nem nada do gênero. Afinal, não tenho nada a dizer a respeito de estranhos. Se é sorte, destino ou azar, não cabe a mim decidir.

Por fim, só proponho um brinde.

À todos os chatos solitários que como eu, comeram almôndegas ou algo parecido no dia dos namorados. Yay.




-Claro, que sejam felizes os outros...

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"Um abraço sincero pode significar muito mais do que um beijo profundo para aqueles que estão com frio. Mas isso não quer dizer que eles também não queiram ser beijados..."

11 de jun. de 2012

Meu Clamar

Por favor, me diga...
Se eu remover estas vestes
E lhe mostrar minhas feridas
Meu corpo quebrado
Ainda permanecerá ao meu lado?
Ainda será capaz de sorrir
Ao me ver?

Por favor, me diga...
Se eu algum dia fraquejar
E me deixar esmagar pelo peso que carrego
Os pecados que me foram impostos
Você virá ao meu auxílio?
Tomara para si um pouco do peso
Que tanto me faz sofrer?

Por favor, me diga...
Se eu perder para o frio
E cair de encontro ao chão gelado
Esse mundo que me cerca
Você será minha salvadora?
Encostará meus lábios nos seus
Me preenchendo com seu amor?

Ou é muito pretencioso da minha parte
Desejar tanto assim da sua luz?
É meu lugar viver na tempestade
Com minha pele frágil
Meu corpo fraco
E meu espirito cansado?

Por favor, me diga
Me responda
Atenda aos meus pedidos
Cale ao meu desespero...

Por favor...

Lucas Rangel Lima

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"Existem pares perfeitos feitos para nunca se unirem. Mas também existem unidades incompatíveis que nunca vão se separar..."