14 de fev. de 2011

Quebram-se os vidros.
De tudo o que eu sei.

Torne-me forte, logo.
Por tudo que a ti rezei.

Saiba: eu estou aqui.
Agora choro o que não chorei.

Agora, dizendo a ti verdades que eu criei.

Antes ou depois, que horas teria me falado?
A esperança do embarque, no ultimo vagão das seis

Pare
Você nem sabe de onde estou falando
Essa é a última vez que vou por o telefone no gancho.

Acreditava em dizer que tudo era real
Meu sentimento, minha música e o teu ciúmes também
Acordes oitavados, um rock banal
Agora sozinho, mergulho na cama procurando alguém
e ninguém embarcou.

Ninguém sofria por distância, nunca! Até semana que vem.
Bilhete furado, mala guardada, do lado assento vazio.
Cidade pequena, você que dizia que gostava também...
Quarto alugado, cama fria, expressões refletidas de alguém que nunca riu
por que eu embarquei.

Chorar não vai trazer de volta o que eu achei que sempre estivesse comigo.
Vou deixar o quarto alugado e viver aquilo que eu sonhei que aconteceria.
Vou tocar violão na varanda, vendo o movimento passar.
Tocar acordes, dedilhando, enchendo o cinzeiro de par em par.

Vai que você tivesse embarcado.

Minha camiseta como primeira roupa do dia.
Sorriso torto, cama quente e preguiça de acordar
Brigas bestas, charme bobo, isso me encheria de alegria
Voz suave, cheiro doce, rede a dois para descansar.
mesmo só a dois seria utopia.

Uma loja de artesanato, um quadro abstrato
Funcionando no segundo mês, do bilhete furado
isso no ultimo vagão depois das seis se tivesse vindo ao meu lado.

Ultima chamada, eu vejo um sol confuso
Vem correndo e me abraça, isso pra mim é tudo.
Olhares de alívio de um sol desesperado


...
Agora há muitas estrelas, nenhum sol pra me fazer o sonho acontecer acordado.

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