25 de out. de 2011

O Desejar de um Abraço

Você,
Que apanhou estas palavras jogadas ao vento
Seria capaz de responder minhas dúvidas?
Seria capaz de sentir minhas emoções?
Ou, pelo menos,
As de alguém que esteja mais próximo?

Mas espere,
Pense bastante antes de responder
Pois a resposta que damos a nós mesmos
É sempre a mais importante
E se enganar no compreender do outro
Pode se provar uma das coisas mais cruéis...

Primeiro, a respeito das dúvidas
Ou em outras palavras, a insegurança
Aquilo que traz consigo o medo
E que nos engole pelo coração

-Pelo menos aos meus olhos-

Quando lhe pedi uma resposta
Queria de ti uma certeza
Algo que eu, sozinho,
Já não posso mais criar
Não precisa nem ser feita de palavras
Um gesto, um beijo,
Ou o simples desejar de um abraço
Para mim já bastaria

E por fim, a respeito das emoções
Tanto nossas espadas quanto guilhotinas
Aquilo que nos move ou nos para
Quando enfrentamos a escuridão

-Ou seja, o tempo todo-

Agora eu me encontro parado
Apelando a você, um estranho
Pois essa cruel e fria escuridão
Já me cansou há muito
E eu já nem sei mais
Se ainda quero seus frutos
Tão doces, tão distantes,
Tanto quanto aqueles que estão aqui,
Ao meu lado

Se não quiser me estender a mão,
Tudo bem
Desde que esta reflexão alcance o que jaz entre teus ouvidos
Desde que a forças por trás destas palavras seja passada à frente
Dentro de seus gestos
Para com outro perdido.

Lucas Rangel Lima

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"Arte é transformar pensamentos em palavras. Pois estas por sua vez, dão origem a atitudes."

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