25 de out. de 2011

Um Pouco da Minha Opinião

Bem, seguindo o exemplo do Cond Klaus, vou deixar aqui uma dissertação relativamente superficial a respeito do preconceito, que em suas várias formas vem criado problemas desde muitos anos atrás.

-----------------------------------------------------------------

Na sociedade de hoje em dia, o preconceito (seja de cor, seja de sexualidade) tem se provado uma das doenças mais bem "disfarçadas" e ignoradas na sociedade, mesmo estando profundamente enraizado em cada um de nós.

Os negros por exemplo, sendo uma minoria historicamente prejudicada, ainda compõem uma maioria entre os mais pobres e menos estudados, destacando o estigma repulsivo do preconceito no nosso jeito de pensar. Por mais sutil que este seja.

Escolher o branco, o homem, o hétero ou o sei lá o quê em detrimento de outro grupo é algo comum. Estúpido, mas comum. Afinal, o  preconceito vai desde o transexual apanhando na rua até o jovem branco que quer fazer amizade com o garoto negro da sala para não parecer preconceituoso. Sem nem mesmo precisar estar acompanhado de más intenções (ou de meras intenções), o preconceito persiste.

Ele é uma doença que pode se apresentar numa quantidade tão vasta de formas e níveis que é simplesmente ridículo pensar em alguém que não o possua. Faz parte dos mecanismos de defesa do ser humano julgar ao próximo, e eu não estou aqui para protestar por um mundo livre disso (principalmente porque eu seria um hipócrita se o fizesse...)

Só quero destacar o ridículo de alguns discursos e atitudes:

"Se ele pode vestir uma camiseta escrito '100% negro', porque eu não posso vestir uma camiseta escrito '100% branco'?"

A coisa não é exatamente como disse Cond Klaus. Existe uma mensagem, um pensamento, uma auto afirmação por trás das camisas "100% negro", "orgulho negro", "Viva a parada Gay!" e etc. Elas são um método de reforçar a democracia, o direito de escolha, um apelo pelas minorias que tanto lutaram (e ainda lutam) por direitos iguais.

"Eu não tenho preconceito contra gays. Só não quero que eles se beijem na minha frente. É uma coisa muito chocante."

Bem, também não direi algo como "Se lhe incomoda, feche os olhos". Na minha opinião, deveríamos abri-los bastante e prestar muita atenção, quanto mais "chocante" for. Simplesmente porque não deveria ser. A "coisa errada" que você sente está em você, não neles. Afinal, se eles são homossexuais, é exatamente isso que deveriam estar fazendo. Pessoas que dizem isso estão basicamente dizendo "Eles podem ser gays, mas só na casa deles. Aqui fora, dentro da sociedade, eles precisam agir como bons héteros.".

"Acho que mulher tem que ter o direito de trabalhar, mas eu não gostaria de ser sustentado por uma. Muito menos deixá-la mandar na minha casa."

Quase me esqueci dessa faceta do preconceito, o que seria uma enorme falha minha (e mostra como existe sim um preconceito em mim em relação a esse assunto, uma vez que minha mente julgou preconceitos de cor e sexualidade mais importantes do que de gênero). Esse tipo de fala é exatamente igual a anterior, mas além de dizer que uma mulher não deveria estar acima de um homem, também possui uma conotação mais sutil que diz que homens não deveriam cuidar de suas casas no lugar da parceira. Isso É preconceito SIM, tão infundado e absurdo quanto qualquer outro. E eu não estou dizendo isso só porque ser sustentado por uma mulher é o meu sonho de consumo.

Por sermos diferentes, é claro que vamos ter opiniões e atitudes diferentes. Mas cada caso é um caso, e tolerar não basta mais como resposta, uma vez que quem tolera concorda com os homofóbicos e com o preconceito em si. A única resposta de verdade é a aceitação e o entendimento.

Lucas Rangel Lima

--------------------------------------------------------------------

"Se algo que você enxergou incomoda seu orgulho, lave bem os seus olhos e livre-se do segundo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário