17 de abr. de 2013

Quinze Para as Sete

Chego em casa de manhã
Sem ter sono, sem ter dormido
Com os dedos gelados e insensíveis
Coloco uma panela com água no fogo
Aqueço minhas mãos na chama
E me sento a esperar

"Um café da manhã cairia bem..."
Penso, rindo de alguma ironia

Espremo um pouco de limão
E misturo no chá de canela
Envolvo a caneca de plástico em minhas mãos
E me pergunto com que tipo de música
Esse momento viraria uma poesia

"Talvez com nenhuma mesmo..."
Concluo, já escrevendo

Bocejo, lacrimejo e coço o rosto
Admiro a foto da névoa sobre o lago
Tomo um gole da bebida quente e estremeço
Penso em tomar um banho
Assim que o dia começar

Até lá

Eu me sento a esperar.

Lucas Rangel Lima

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