20 de jan. de 2011

A Vida Que Eu Sonhava Ter - Capítulo 5: Lar

Agradeço a Deus por ter escolhido ficar aqui.

Esta semana foi simplesmente maravilhosa. Finalmente terminei o livro que havia pego emprestado na biblioteca e pude ir visitar a senhorita bibliotecária novamente. A conversa foi curta, mas eu mal posso esperar para repeti-la.

Depois disso, quando eu passei no mercado para comprar comida e algumas sementes, me encontrei com a senhorita Elen. Ela estava fazendo comprar para sua avó. Conversamos um pouco sobre a minha adaptação a cidade e o trabalho dela como enfermeira. Ela parece admirar muito aquele medicozinho grosseiro...

Enfim, resolvi acompanhá-la até a casa da avó. A distância era curta, mas eu apreciei a companhia. As garotas daqui são muito mais simpáticas do que as da faculdade... Sem dúvida fiz a escolha certa ao me mudar.

De qualquer modo, voltei para a casa e continuei a tocar minha vida. Hora ou outra, algum visitante vinha para me cumprimentar. As vezes era o prefeito, as vezes era o padre, as vezes o senhor que trabalha na fazenda ao lado da Fazenda Poultry (ainda não decorei o nome dele nem da fazenda dele), mas em geral minha casa é bem movimentada.

Engraçado como já me acostumei a chamar este local de minha casa... Bem, sem dúvida esta cidade e seus moradores já se tornaram mais queridos para mim do que qualquer outra coisa, mas nem mesmo quando eu morava com meus pais eu me referia a casa onde eu morava como "minha"...

Falando nisso, não falo com meus pais a algum tempo... Vou mandar uma carta para eles amanhã de manhã. Era para eu ter feito isso ontem, mas uma visita inesperada acabou me distraindo.

Ah, claro! Como pude ter me esquecido? O trabalho hoje foi tão exaustivo que acabei me distraindo e não falei sobre minha visita de ontem.

Patrícia, a filha da jovem senhora dona da Fazenda Poultry, apareceu repentinamente para me cumprimentar e pediu permissão para ver a fazenda. Ela sem dúvida era parecida com a mãe. Eu diria até uma versão menor da mesma. Até mesmo sua atitude conseguia ter uma versão mais juvenil da vigorosidade da mãe. Sem falar na sua beleza inocente que conseguia superar até mesmo a senhorita Elen.

Enquanto eu mostrava a ela a fazenda, pude perceber que ela parecia feliz ao vê-la viva novamente. Se comparássemos o estado em que ela estava quando eu cheguei ao estado em que ela está agora, não seria possível dizer que é a mesma fazenda. Pensar nisso me fez lembrar de como ela era na minha infância...

Se bem que as minhas memórias não são das mais confiáveis... Bem, depois de conversarmos um pouco, ela se despediu e foi embora. Aparentemente, ela queria mesmo era ver a galinha que a mãe dela havia me dado. Era uma de suas favoritas.

Nunca pensei na minha vida toda que seria capaz de conhecer garotas tão interessantes quanto as daqui. E também tem aquela mulher que me ajudou no primeiro dia... Melhor eu trabalhar bastante para ser merecedor de tanta sorte!

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"Numa vida feita de encruzilhadas, as chances que o destino nos reserva só existem e podem ser aproveitadas graças as escolhas que tomamos"

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